“Os sapatos dela”

Por: Luiz Carlos Prates

15/11/2018 - 11:11 - Atualizada em: 15/11/2018 - 11:59

Com todas as garantias, certa gente não devia ter nascido. Pessoas vazias, frustradas, más, contudo… Metidas. Pensam que são alguma coisa. Vou logo ao exemplo e aonde quero chegar. Quase todas as semanas vejo reparos às roupas ou sapatos ou a um adereço qualquer numa das tantas mulheres, princesas, de realeza britânica.

Acabei de ler reparos sobre os sapatos da princesa Megham Markle, mulher do príncipe Harry. Ela foi flagrada “repetindo” os sapatos em dois momentos diferentes. A princesa não tem o direito de repetir os sapatos… Pode uma estupidez dessas? Acho muito engraçado que ninguém especula sobre quão rica pode ser uma cabeça real. Quais os conteúdos, em que quantidade e qualidade, não, sobre isso ninguém especula, mas ficam de olhos nos vestidos, nas bolsas, nos sapatos.

Eu gostaria de saber da qualidade da cabeça de quem se preocupa com esses detalhes e, mais ainda, da qualidade da cabeça dos amantes dessas mulheres. Sim, são mulheres que fazem essas observações.

Se as pessoas, todos nós, nos olhássemos mais no espelho da verdade, o espelho do banheiro, penso que estaríamos num momento melhor. O mundo cruza pelas piores de todas as suas crises históricas: a crise moral e a crise das superficialidades. E uma das maiores razões dessas superficialidades atende pelo nome de redes sociais, o vício dos vazios da vida.

No dia em que começarmos a avaliar as pessoas pelo modo como tossem, como espirram, como falam, como se vestem em público, por exemplo, ah, por certo estaremos entrando numa nova era. Bom, não vamos longe. Nas escolas, os alunos mais populares são os vagabundos, os desordeiros, os que provocam bullying… Já os jovens de bom comportamento, ajuizados, com boas notas, os verdadeiros destaques, enfim, precisam, não raro, ficar em sala de aula durante o recreio para evitar as perseguições dos vagabundos.

Nas empresas, muito comum, os melhores profissionais são ditos como bajuladores, ah, aí tem esquema, dizem os que apenas quebram galho no trabalho… O que fazer para evitar esses deboches e “avaliações”? Andar… Andar, você entende? E a partir daí seguir em frente e cada vez melhor. Não há nada que ofenda mais aos “pequenos” que a grandeza dos grandes. Que os bons avancem, e os pequenos os sigam…

Moda

Cada vez mais nada moda… Os pombinhos, casados ou não, saem para um passeio ou viagem e, claro, fotos, muitas fotos. Juntinhos, caras e bocas, isso e mais aquilo, mas… Fotos sozinhos também. Tudo pensando no futuro. A relação pode não durar (e a aposta maior dos observadores é que não vai durar) e assim os dois ficarão com suas fotos, pessoais, sem os “ex” para atrapalhar. Legal e dou toda a força, até porque aposto que não vai durar mesmo…

Chatos

Coisa chata nos corredores das empresas os chatos e as chatas. E quem são? Os que mal cumprimentam colegas, raramente um sorriso, parecem sempre emburrados. – “Ah, mas são tímidos, Prates”! Tímidos? E como é que não tímidas para “outras coisas”? Que fique claro, a pessoa pode ter brigado com seu anjo da guarda, mas os colegas não têm nada a ver com isso. É falta de educação mesmo. Chatos. Chatas.

Falta dizer

Era o que faltava: analistas/psicanalistas de tatuagens. A garota quer saber qual de fato o verdadeiro significado das tatuagens, ou das “pichações”, no corpo do namorado. Faz sentido. Nem tudo é o que parece. E cada “risco”, desenho, o que for, inconscientemente tem um significado para a pessoa tatuada. É bom mesmo “traduzir”.