Os humanos e os enfeites

Por: Luiz Carlos Prates

21/01/2016 - 08:01 - Atualizada em: 21/01/2016 - 08:13

Se ninguém disser, a coisa vai ficar cada vez pior. E, é claro, ao dizer, o sujeito precisa estar disposto a se tornar antipático e a ser mandado para aquele lugar… Paciência, é o preço. O mais comum é você conviver com pessoas alinhadas, por covardia, ao politicamente correto, isto é, ao fingimento de aceitar tudo o que os outros fazem, dizendo que é isso mesmo, que o que vale é a diferença, a liberdade de cada um, aquelas tolices típicas dos medrosos que agem assim basicamente para preservar seus “espaços”, seja onde for…

Repito, se ninguém disser, a coisa vai ficar cada vez pior. Acabei de ler uma frase, por exemplo, que não vai ser aceita por muita gente, mas que é a mais sacrossanta das verdades. Queres ouvir a frase? Prometes que não te vais incomodar? Então, feito o trato, aqui vai a frase:

“A pessoa mais primitiva tem uma grande inclinação para enfeites escandalosos do corpo… Colares, plumas, pinturas, tatuagens, máscaras”… Agora me diga, e quem é obrigado a andar por aí todo “fantasiado”? Ninguém. É decisão da pessoa.

Na novela Totalmente Demais, que devia ser vista por todas as jovens mulheres, as garotas das baladas, por exemplo, a personagem da Glória Menezes dá excelentes lições de comportamento, postura, para a personagem da Mariana Rui Barbosa. A Mariana faz o papel de uma dessas tantas que andam por aí, em baladas e escadas rolantes de shoppings, quer dizer, postura zero… Aliás, a personagem da Glória Menezes é inspirada, visivelmente, na personagem da Maryl Streep no filme O Diabo Veste Prada, um filme para pessoas inteligentes, uma mensagem de refinamento e posturas para as jovens mulheres…

E se você estiver um tanto em dúvida sobre o que digo, dê uma passadinha num shopping qualquer e veja como as pessoas se vestem, como andam, como falam, como se mostram, enfim. Um horror. Por que você acha que o Carnaval tem tanto sucesso entre nós como tem? Exatamente pelo primitivismo, podemos tudo no Carnaval. Aliás, que fique claro, a fantasia usada no Carnaval é o que a pessoa queria ser na vida. “Ah, Prates, mas o meu marido sai de mulher no Carnaval”… Nada mais a declarar, fale com ele…

LEIA A COLUNA COMPLETA NA VERSÃO DIGITAL DO JORNAL O CORREIO DO POVO

Notícias no celular

Whatsapp

Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.