Onde há amor pode-se viver numa cabana – Leia a coluna do Prates desta quinta-feira (23)

Foto Divulgação

Por: Luiz Carlos Prates

23/04/2020 - 06:04 - Atualizada em: 29/04/2020 - 13:32

No passado se falava em amor e cabana, com isso os de então queriam dizer que onde há amor pode-se viver numa cabana, num ranchinho. Será? Eu acredito.

– “Ah, como tu és bonzinho, Prates, vai, vê se engana outros…”! O diacho é que é verdade, leitora, olhe, se eu contasse das oportunidades que foram oferecidas para “subir” você talvez não acreditasse.

Preferi continuar no sacerdócio do jornalismo. Sim, jornalismo é sacerdócio, e você sabe que os sacerdotes, padres, fazem votos de pobreza, fiz… Fiquemos por aqui, já dei muitas voltas, vamos ao assunto, amor e cabana.

Acabei de ler num jornal de São Paulo a declaração de um sujeito, figura de destaque, foi diretor numa multinacional, e demitido, uma declaração triste.

Ah, mas antes de dizer da declaração dele, devo dizer que sempre acreditei numa pesquisa que foi publicada pela DataFolha e que dizia em manchete: – “Falta de dinheiro arruína casamentos”. Para os que não amam com amor de “cabana” isso é verdade, maioria estonteante que anda por aí.

O cidadão desempregado de que falei tem 48 anos, tinha um bom cargo numa grande empresa internacional. Foi demitido por “reorganização” da tal empresa…

Na entrevista, ele disse exatamente assim: – “Tinha salário de R$ 25 mil, um alto posto e hoje estou em tratamento à base de antidepressivos e com sérios problemas com minha mulher, com quem sou casado há 10 anos. Ela quer separar. Estou no fundo do poço”.

Bah, que desgraceira. Só não sei se a separação desejada pela mulher resulta de o marido ter sido demitido, estar desempregado. Não acredito que seja só isso. Entre nós, estar por chegar uma formidável onda de desemprego. E desemprego não significa divórcio, deve significar, isso sim, união, luta conjunta, fé, amor e mais amor…

Quando o casal se separa por desemprego, especialmente do marido, ah, vão me desculpar, havia outras coisas nesse casamento. Claro, não considerar quando o marido é um songamonga vadio.

Desafios nos devem unir, lutar juntos como nunca, mesmo que ambos tenham que ir para uma “cabana”, e nessa cabana o amor será ainda mais forte… Não, leitora, não bebi. É o que penso, creio com fé em amor e cabana.

Amor

Muito desgastada a palavra amor. Qualquer “ajuntamento” entre dois levianos, gente metida à boa, é chamado de amor.

Não é amor, é sexo, vantagens de todo tipo, inseguranças, vacilações existenciais, amor não. Quem ama conhece o outro, e quem conhece sabe da origem dos problemas: ou eles vêm do caráter torto, ou de circunstâncias externas.

Sabendo das razões, o amor cresce ou a relação deve terminar. Evitar, assim, os tapas e tiros…

Trabalho

Estudos do Serviço de Saúde de Manchester, Inglaterra, garantem que 50% das separações de casais tiveram a falta de trabalho como fator preponderante.

Vão me desculpar, não havia amor entre os parceiros!

Há dois tipos de desemprego: o gerado pelo mercado, pelas empresas; e o gerado pela indolência dos desocupados. Só o segundo caso merece desprezo.

Desprezo e separação…

 

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