Os ditados populares são de uma sabedoria de encantar. Verdades ditas em poucas e singelas palavras, incontestáveis pelos “intelectuais” de meia tigela, os que andam por aí. Desdenham de tudo e não se enxergam. Vamos ao fato. O ditado diz que – “A ociosidade é a oficina do diabo”.
Interpretada a frase de um modo superficial, pode-se pensar que ociosidade se vincula apenas à pessoa trabalhar ou não. É muito mais que isso. Uma pessoa que não tenha um brilho nos olhos por um trabalho, uma arte, um esporte, um projeto, o que for, é uma pessoa que vive na oficina do diabo. Será uma pessoa irritada, frustrada, briguenta e, mais que tudo, angustiada, ansiosa e depressiva.
E digo isso, leitora, depois de ouvir o manifesto de uma neurocientista americana que falava sobre as consequências emocionais da pandemia. Dizia ela que esse estresse está levando muitas pessoas ao álcool, às bebidas e aos psicotrópicos, aos comprimidos para dormir ou a dar combate às ansiedades, angústias e depressões.
Concordo, mas… Preciso dizer que essas pessoas, e são a maioria, são as tais que vivem de modo ocioso e que, por isso, estão na oficina do diabo. Ociosidade, no caso, é não haver especiais entusiasmos na vida da pessoa. São pessoas que trabalham só pelo salário, se pudessem pagariam para não trabalhar, não gostam do que fazem.
São jovens que estudam sob pressão, não há em seus olhos a faísca de um sonho, querem muitas coisas mas não têm ardência por nada de modo especial. É isso o que significa “ociosidade”. São almas desocupadas.
Quantas e quantas pessoas você conhece, leitora, que acordam pela manhã e fecham os olhos à noite com o celular configurando suas batidas cardíacas? Pessoas vazias, sem sonhos nem vida, vida iluminada por alguma paixão. E quando falo de paixão é óbvio que não me refiro às paixões carnais, vulgares.
A paixão que nos faz bater forte e saudavelmente o coração é a paixão por sonho, um projeto, uma realização pessoal e de vigor existencial. Quem mesmo? A maioria que anda por aí vive vidas vazias, e vem daí o estresse da pandemia ou do que for.
Saída? Entorpecer-se de álcool ou de drogas de todo tipo. Anestesiam-se, na verdade. E anestesiados buscam esconder-se de suas vidas inanes, vazias. Acordar e amar ilumina o caminho, a vida.
Mãe
Ela não é daqui, é de outro Estado. Escreveu um belo artigo num jornal, mas se apresentou no alto do texto como “Fulana de Tal, Procuradora do Estado e mãe”… Ah, por favor! É por isso que a luta das mulheres é muito difícil, a maioria não se ajuda. Tem cabimento a pessoa colocar “mãe” como dado de currículo? Jamais um homem se apresentou como “Fulano de Tal, empresário e pai”. Depois elas se queixam da sorte…
Vida
Os de mais idade têm que ter cuidado com o sonho de aposentadoria. Aposentadoria mata mais cedo, comprovado. O tempo verbal é muito importante em nossa vida. Ser um particípio passado (cansado, realizado, aposentado…) é veneno. O bom é ser “gerúndio” – fazendo, amando, conquistando, sonhando, vivendo… Quem decide é a pessoa, mas a maioria indolente e vazia sonha com o fim… Cuidado.
Falta dizer
Psicólogos da Universidade da Pensilvânia, EUA, chegaram a uma conclusão inusitada (será mesmo inusitada?). Descobriram que o estresse dos americanos é menor no trabalho do que em casa. Aqui é igual, haja vista o que aconteceu na quarentena. Os mentirosos do amor conjugal entraram em espiral. Amores de aparência. Farsantes.
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