“O sentido da vida”

Por: Luiz Carlos Prates

08/12/2018 - 12:12

O assunto que agora lhe vou propor não é tétrico, depressivo, nada disso e por isso não precisas molhar o dedo para virar a página. Espere um pouco. Mas vou entrar por uma porta escura…

É que há pouco, outra vez, estava pondo em ordem assuntos do meu Arquivo Temático – onde guardo reportagens de destacadas questões humanas, quando… dei de cara com ele: um suicida.

– “Ah, Prates, por favor, não tens nada de melhor”? Não, não tenho, mas espere um pouco.

O assunto faz-nos pensar. É a história de um australiano, já falei dele aqui, que pediu para morrer numa sessão de “suicídio assistido”, norma legal na Suíça, onde o cidadão de nome David Goodall teve seu desejo atendido, só que… Ele não tinha nenhuma doença, estava absolutamente saudável malgrado a sua idade… 104 anos. Isso mesmo, 104 anos e pediu para morrer. O motivo exato não foi dito, mas eu digo daqui.

Esse senhor até os 102 anos, veja bem, 102 anos, dava aulas na Universidade de Edith Cowan, na Austrália. E aí, a direção da Universidade, para poupá-lo, o aposentou compulsoriamente. Davi foi para casa e em menos de dois anos decidiu morrer, foi em maio deste ano. Prove-me que a decisão dele não foi por ver-se “inútil”? Aposto e jogo todas as minhas fichas que foi… E era aqui que eu queria chegar.

Desde tempos imemoriais que o ser humano pergunta sobre qual o sentido da vida. Nenhum, isso é visível, nenhum, mas… aprendi intramuros na escola de formação marista que o ser humano nasce para – Conhecer, amar e servir a Deus.

Não tem dado resultado, como vemos. O grande sentido da vida, criado por nós, humanos, tem sido as nossas paixões, elas nos “cegam”, nos fazem esquecer dos entornos e olhar para a frente, única forma de anestesiarmos a consciência da finitude, da chegada mais perto a cada dia do “prazo final de validade” dos produtos humanos.

David, o australiano mais que centenário, não viu mais nada diante dos olhos quando lhe tiraram o trabalho da vida. Sem a paixão, sem o tempo ocupado, para que viver?

Quem inventou o trabalho, e com ele as paixões, foi um santo, esse foi “deus”, ou um deus… Bem-aventurados os ocupados e apaixonados, esses dão sentido à vida.

Ordem

E o “controle da natalidade”? ninguém fala? O Estado tem que intervir, severamente… Na capa de um jornal de São Paulo, a foto e a legenda: – “K.C, 36 anos, desempregada e mãe de quatro crianças, diante de sua casa, um dos barracos da favela”. Tem cabimento, desempregada, pobríssima e com quatro filhos? E o marido/pai por onde anda? Eles não querem camisinha, elas não têm voz e um filho em cima de outro. Depois querem “ajudas”.

Lágrimas

Gisele Bundchen me fez chorar, quem diria! No livro dela – “Aprendizados” – ela conta dos últimos minutos dela com a cachorrinha Vida, que a acompanhou em incontáveis desfiles. Ela disse que “Coloquei um cristalzinho de quartzo rosa em forma de coração nas dobras da cobertinha dela e enrolei nela minha echarpe favorita, sobre a qual Vida adorava dormir. Coloquei a boca bem pertinho dela e disse: – Obrigada, Vida”! Ah, Gisele, não conta isso! Quem teve, tem e gosta de cachorro imagina a cena. De doer.

Falta dizer

Trump está se dando aos diabos para controlar o número crescente de jovens (idiotas) que querem entrar nos Estados Unidos para “estudar”, incontáveis brasileiros… Mentirosos, querem é soltar a franga longe de casa. Quem quiser estudar tem as melhores escolas no Brasil. Farsantes.