Volta e meia estou com a cabeça girando… girando a procura de alguma coisa. Quando não acho essa coisa, vou procurá-la onde tenho certeza que vou achá-la: num livro. Todos os livros são como que um supermercado, tem de tudo, mas você não precisa de tudo, a questão, não raro, é saber do que você de fato precisa. Era mais ou menos como me sentia. Daí… fui aos meus livros.
Cheguei perto de um livro sisudo, está comigo faz tempo, já o estou preparando para o descarte, vou jogá-lo por aí, não dou mais livros a ninguém… Toda vez que fiz isso foi como se fizesse uma ofensa às pessoas…
Chega de lero-lero, vamos ao livro e o que achei dentro dele. O livro é “Sucesso, Paz Interior e Felicidade”. Com esse título não é preciso ler mais nada na vida. Um livro de frases, de conceitos. Abri o livro na página 145 e nela “reencontrei” Ralph Waldo Emerson, americano, (1803-1882). Pois não é que o Ralph dizia uma bobagem? Dizia que – “A pobreza desmoraliza”. Mas de jeito nenhum, amigo e companheiro!
A pobreza pode nos fazer sofrer, mas não nos condena à nenhuma degradação. Degradação é ser um “diplomado” ladrão, safado, ordinário e sem-vergonha, como, por exemplo, os canalhas condenados na Lava Jato. Tem cabimento aqueles miseráveis fazerem o que fizeram? E até serem pegados, olhavam os outros por cima, olhavam os pobres com desdém. Pobres são eles, os imundos do caráter.
A pobreza pode nos fazer sentir mais frio, mais calor, mais fome, mais tudo, mas… não há de nos tirar o sono pela miséria de um caráter torto. Não, Ralph Waldo, a pobreza não desmoraliza. A pobreza da cabeça sim, essa nos pode fazer sentir o gosto do fracasso, do nada na vida, mas haverá de ser uma pobreza gerada pela falta de pudor da pessoa para não ler mais, não crescer com os produtos da decência, dos saberes, enfim. A pobreza da cabeça desmoraliza, essa sim, essa põe o sujeito debaixo da ponte da vida. Um “mendigo” de cabeça é o pior dos mendigos, esse tipo de mendicidade vem dos descompromissos da pessoa para com ela mesma.
A pobreza não desmoraliza, não. O que desmoraliza é a cabeça pobre, ainda que diplomada e a alicerçar-se sobre um pescoço engravatado. Desses “pobres”, saiamos correndo.
Discutível
Ênfase dos americanos em suas empresas: dar aos funcionários o melhor bem-estar possível, tudo visando à produtividade mais intensa e qualificada. Eles pensam que quando o funcionário se sente bem no ambiente de trabalho produz mais e melhor. Discutível. Pelo que sei, quase 80% dos empregados não gostam do que fazem, é estatística mundial. Ora, quando um abobado não gosta do que faz, você pode pintar a empresa de ouro, os enfastiados não reconhecem o que é bom, eles só estão no trabalho pelo salário. Improdutivos. Rua!
Ética
Quando um vendedor diz que a mercadoria será entregue amanhã, que ele diga também a que horas. Sem essa de não sei o horário. Se alguém me pedir um livro emprestado e disser que me o devolverá segunda-feira, ai dele que não o faça. Sem esses princípios elementares de conduta ética não forem observados, babaus, com certeza estaremos no Brasil e lidando com gentalha. Tudo tem que ser com data e horários marcados. Fora disso é treta.
Falta dizer
Diz uma cantora baiana numa entrevista de jornal: – “O que eu penso das redes sociais? Um vício, uma ilusão, vida vazia”. Bah, guria, aperta aqui. Jovem e pensando assim, vais longe. Iluminada.