O que nos faz brilhar é a luz interior das superações – Leia a coluna do Prates desta sexta-feira (31)

Foto Divulgação

Por: Luiz Carlos Prates

31/07/2020 - 06:07

Uma brincadeira de faz-de-conta, leitora. Topas? Claro, o convite é também para o leitor. Fazer de conta é um joguinho, um teatrinho interessante.

O nosso faz-de-conta é o seguinte: deixe chegar a noite, apague a luz, acenda um lampião, faça de conta que você está há dois séculos deste momento, pegue um caderno e comece a escrever um conto, uma história, um livro.

Mas não pode usar caneta, nem pensar em computador, sem luz, use um lápis para escrever. Vamos lá?

Não sei o que você vai dizer, mas é bem provável que diga não, que é impossível escrever “no escuro” e com lápis. Dou-lhe um desconto, coisa mínima, mas devo também lhe dizer que todos os grandes e magistrais escritores, digamos, da Idade Média, escreveram suas obras com lápis e à luz de lampião… E aí?

– “Ah, Prates, mas era outra época, não havia luz elétrica e muito menos computador”! Concordo, não existiam as facilidades de hoje, e com isso é uma vergonha que com todas as facilidades de agora tão poucos ousem criar alguma coisa.

Falei de escrever, podia ter falado e dado como exemplos centenas de outras possibilidades. Não é a carência que faz o ser humano um nada ou um medíocre, é a falta de vontade, de ideais. Ou você acha que Machado de Assis escreveu suas obras com ar-condicionado para o verão carioca, sob lâmpadas de 200 volts e num computador de última geração?

Se ele tivesse uma Bic já seria muito. O bravo faz, o sem-talento geme e acha desculpas. Vale para tudo. Garotões bobos se formam em medicina e dizem que precisam fazer pós-graduação em Harvard, muitos vão… Voltam piores do que daqui saíram, falta-lhes o sangue de sacerdotes.

De sacerdotes da cura, pela vontade, pela ética e pelas permanentes superações. Raríssimos são assim. Não é a facilidade que faz talentos, talentosos fazem suas facilidades.

Canso de ver pais “desovando” filhinhos fardados com as melhores chuteiras, calções e camisetas na porta de clubes de futebol… Os “pregos” vão para a escolinha. Quem joga futebol não sabe o que é escolinha, joga com bola de meia na calçada e faz gols de Pelé… Graças à vida que é assim.

Não é preciso luz elétrica para brilhar, o que nos faz brilhar é a luz interior das superações.

Desaforos

Trecho do livro “O Poder do Hábito”, de Charles Duhigg, repórter investigativo do The New York Times:

“Um enfermeiro contou ao repórter que os médicos conseguem fazer você sentir que não vale nada, que é um descartável. Como se devesse agradecer por arrumar a bagunça que eles deixam para trás”.

Pois eu garanto que muitíssimos enfermeiros são bem melhores que incontáveis médicos. Além disso, ninguém vai desaforar impunemente um “xiru” lá dos galpões…

Moda

Leitora, você tem ouvido falar em alta costura? Não, por certo. Pois o estilista francês Emmanuele Khanh afirma no livro “Moda” que alta costura está morta.

Textualmente, ele diz que desenha para as ruas, uma moda socialista para as massas. Sei bem, o que vemos por aí é de doer. Mulher elegante, “fashion”, está em extinção, se não extinta. O que se vê? Mulheres, só…

Falta dizer

Deve ser assim. Todo safado, seja quem for, que for identificado numa aglomeração, numa “festa” de qualquer tipo, não poderá mais tarde, uma vez infectado pelo vírus, ser tratado pelo serviço de saúde pública.

Não é justo que os corretos paguem a conta dos lixos humanos que não se respeitam. Tem que ser assim.

 

Receba as notícias do OCP no seu aplicativo de mensagens favorito:

WhatsApp

Telegram Jaraguá do Sul