Por: Luiz Carlos Prates

24/01/2016 - 09:01 - Atualizada em: 24/01/2016 - 09:09

Era um muro velho, daqueles borrados por todo tipo de “mensagens”, e nele havia o desenho de um rosto humano, desenhado como a cara de quem o desenhou, um horror. Mas embaixo desse desenho havia uma mensagem muito interessante, inteligente. Debaixo do desenho, lia-se: “Droga é para otário”. Perfeita a frase.
Droga é mesmo para otário. Por quê? Porque o sujeito, ele ou ela, só procura por uma droga para sentir-se mais forte, mais corajoso, para pensar de modo mais leve, para, enfim, fugir de um incômodo. E isso é coisa típica de otário, de um boca-aberta existencial.

A droga nos anestesia as percepções, você vê as coisas que o cercam de um modo distorcido, menos adverso… Mas é alteração de percepção, as coisas continuam como são. Um camarada que bebe, que vai além da conta numa droga para ter coragem de tirar uma guria para dançar num encontro social, não se garante como homem. Faria bem melhor se se vestisse como homem, melhorasse a qualidade da mente, se aperfeiçoasse no trabalho, caprichasse nas ações éticas, se tornasse, enfim, um produto humano diferente para melhor diante das multidões de levianos que andam por aí… Claro, vale para a mulher. Chega de ser mulherzinha chorona, de jogar-se num canto da vida quando um bermudão acaba com o namoro, chega de ser uma pessoa frágil, chega, enfim, de ser uma segunda voz nas relações e nos ambientes.

Correr para uma droga, anestesiar-se covardemente com um ansiolítico, nada melhora a vida. Mas erguer-se da cadeira dos hábitos depreciativos é o caminho. Olhar-se no espelho, piscar o olho para “aquela” pessoa que ali está diante do espelho, e sair para a vida sem bengalas bioquímicas é a decisão que leva a pessoa à vida. O mais – as drogas, legais e ilegais, é mesmo para otários. E olhe, que ninguém nos ouça, o que há por aí de otários, eles e elas, se achando é um caso sério. Coitados. Qualquer dúvida é só dar uma passadinha numa balada, numa festa de universitários, qualquer lugar, enfim, muito procurado pelas “galeras”. Pobre gente, vivem como otários e não se dão conta.

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.