O fazer home office – Leia a coluna do Prates desta terça-feira (30)

Foto Divulgação

Por: Luiz Carlos Prates

30/06/2020 - 06:06 - Atualizada em: 30/06/2020 - 09:02

Quem tem trabalho sai para o trabalho, todos os dias, certo? Sim. Mas e agora, com o tal home office? Danação pura.

Só os muitos vadios para dizer que home office se confunde com férias, ficar em casa, trabalhar na hora que lhes der na telha, isso e mais aquilo. A pessoa tem que ser muito obtusa para pensar assim.

O home office só se explica por momentos especiais, como este por que passamos, por exemplo. Há casos excepcionais também, mas são excepcionais.

Os humanos são bichos gregários, precisam estar próximos uns dos outros, sempre foi assim e não vai mudar. Os ermitões, os isolados são casos psiquiátricos, ainda que a envolver pessoas bem comportadas…

Precisamos do ir e vir, precisamos de novas figuras, pessoas e vivências nos chegando aos sentidos por todos os modos e momentos. Isolamento mata.

E tem mais, muitas grandes empresas americanas, as pioneiras no mundo moderno a pensar no home office como meio de economia de gastos, deram com os burros n’água e voltaram atrás. Home office mata a criatividade do mais criativo ser humano.

Empresas que adotaram, sem razões especiais, senão por economia, voltaram atrás no home office, os seus funcionários mais criativos estavam virando “cabeças de bagre”.

E esse home office, leitora, e agora é com você a conversa, com você porque as mulheres que fazem home office fazem também, e ao mesmo tempo, as lidas caseiras.

O “bermudão”, cuequinha úmida da mamãe, está lá na sala vendo jogos da Copa de 70, tem cabimento essa vadiagem? Isso quando ele não está muito ocupado com um joguinho eletrônico. Molenga.

Muito das nossas sacadas, piadas, conhecimentos, amizades, laços e conquistas de todo tipo vêm do cotidiano do trabalho, seja onde for.

O home office só se justifica em casos muitos especiais, como os de agora, fora disso ou é malandragem de araque da empresa para economizar “despesas” ou se trata de algum caso individual e muito especial.

E para terminar esta conversa enjoada, leitora, já tenho ouvido muitos gemidos de gente “privilegiada” pelo home office, gente que não vê a hora de voltar ao ir e vir do trabalho.

As pessoas descobrem por meios transversos que viver é conviver. Isolados sumimos, ainda que fazendo um home office invejado pelos indolentes do trabalho…

Prudência

Difícil achar uma pessoa prudente, educada… Para essas pessoas não é preciso “lockdown”, medidas de isolamento social, elas sabem se comportar.

Todavia, olhe ao redor, molambos humanos, preponderam, gentinha que vive uns sobre os outros, agarramentos falsos, festas de orgias, praia, bares, “noitadas”.

Esses tipos merecem o que vão colher da vida… Se todos mantivessem as distâncias da prudência, não perderiam a vida nem infectariam os outros…

Heranças

Todos temos duas heranças de que não podemos escapar: a herança física e a herança social. A primeira vem diretamente dos pais, nosso corpo; a segunda vem da civilidade e da sensibilidade dos pais e dos mais velhos que nos cercaram na primeira infância.

É esta última que deve ser enfrentada. Os pais, a escola e os amedrontamentos religiosos costumam liquidar com as crianças, o que mais acontece. Lutemos contra as nossas heranças sociais.

Falta dizer

Não pode dar certo. Ministros devem ser pessoas absolutamente qualificadas em suas áreas, só que… Se não forem também “políticos” não ficarão no cargo.

É mais importante ser um malabarista político no ministério do que um conhecedor competente da área. Ou o cara fecha com a “chefia” ou melhor é ir se coçar num cactos. “Sempre” foi assim no Brasil.

 

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