O falso poder – Leia a coluna do Prates desta sexta-feira (28)

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Por: Luiz Carlos Prates

28/08/2020 - 06:08

Duas coisas que não me passam pela garganta: jogar por dinheiro, seja o jogo que for, e filiação partidária. Já fui puxado pelo braço para essas duas tentações. Tentações para os outros, nunca para mim. Talvez não me tenham levado por eu não ter pretensões de falso poder.

O poder político, por exemplo, é falso, mais que falso, é um poder em que você se “aluga” ou vai ficar sozinho. Sutil? Tanto quanto o sol do meio-dia… É um poder que dispensa o “estômago”. E o jogo por dinheiro é o meio que muitíssimos buscam para encurtar o caminho para a cama fofa na vida, sem precisar trabalhar.

Isso também sempre me provocou nojo. – Ah, vais me dizer que nunca fizeste uma fezinha na Mega-Sena? Sim, fiz. Aliás, fizeram para mim… Fizeram umas quatro ou cinco vezes. De minha parte, jamais.

Além disso, o cara para entrar na fila da Mega-Sena tem que ser ou muito otimista ou ter chuchu na cabeça.

Eu ia dizer outra coisa… Pela teoria da probabilidade – e os números não mentem jamais – o sujeito que faz a aposta tem uma chance de ganhar contra 53 milhões, em média, de não ganhar. Vai ter otimismo assim na casa da mãe Joana.

Dei estas voltas todas porque acabei de ler em destaque num site de jornalismo que a Mega está acumulada, vai pagar uma tonelada de milhões… E se você passar por uma lotérica vai achar muito mais gente para fazer uma fezinha do que para pagar a conta da luz.

Depois, quando cortam a luz, se queixam do governo. São os fajutos do trabalho, mandriões. Eu ainda espero pela “revolução cultural”, a revolução dos costumes, das ações éticas, da educação moral e cívica, enfim.

Essa “revolução”, que começa na cozinha, em casa, pai e mãe educando os filhos, vai ensinar as crianças a ver num livro, a lê-lo, muito mais chances de crescer e ser do que fazendo apostas em jogatinas.

Atalhos na vida só funcionam em novelas, você jamais vai encontrar uma pessoa bem-sucedida na vida que chegou à vitória por um atalho. É longa a estrada do sucesso, mas é a única que depois nos faz esfregar a barriga e dizer a nós mesmos, sem pejos: valeu a pena!

Que pena que a maioria prefira a fila das jogatinas, ou das safadezas em Brasília…

Verdade

Todos dizem defender a verdade, mas… Quando a verdade se choca com seus interesses, bom, aí é melhor despistar e pegar o caminho das vantagens. E desse modo, nenhuma sociedade crescerá moralmente, a única forma de alicerçar crescimento.

Verdade é remédio amargo, mas é o remédio da saúde moral. Por que então os “ativistas” das vantagens não dizem isso em suas passeatas hipócritas?

Tempo

Li há pouco: “cientistas dizem que universo tem 13,8 bilhões de anos”. Tempo irreal para os humanos, não para o universo. Sim, mas e antes, o que havia? Nunca vamos saber. E por sabermos que nunca vamos saber, os humanos criaram os deuses, criadores de tudo.

Nada se cria do nada, mesmo um deus teria que ter sido criado de algo ou de alguém. A impotência do saber cria “viagras” religiosos… Impotentes!

Falta dizer

Com a prorrogação por mais dois meses do Programa de Manutenção de Emprego, feito pelo governo, evita-se o desemprego em massa antes do Natal. Depois, a conversa será outra.

Mas, nesse meio tempo, que os toscos façam poupança, não saiam gastando em lazeres fúteis o que, garantidamente, vai faltar mais tarde.

 

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