O economista não entendeu a proposta do viver no “aqui” e “agora”

Por: Luiz Carlos Prates

08/07/2017 - 15:07 - Atualizada em: 08/07/2017 - 16:13

Vivemos a vida algemados por dois momentos do tempo: o passado e o futuro. O passado nos incomoda tanto pelos remorsos quanto pelos arrependimentos sobre ter feito ou não ter feito algo que, agora, imaginamos teria sido ótimo para a nossa vida…

O passado não nos deve servir senão como orientador, professor, afinal, de suas lições podemos viver melhor hoje e… Amanhã. Pois é, mas aí entra o outro vilão da nossa paz na vida, o futuro.

Se o passado não pode ser mexido, alterado, o futuro não pode ser garantido, ele pode ser, e já é muito, atenuado em alguns aspectos. E foi em razão dessa nossa formidável perda de tempo com o passado e inquietações com o futuro que os antigos pensadores da humanidade chegaram à conclusão de que não nos sobra outra saída senão vivermos no “aqui” e “agora”.

Não há outra hipótese para sermos felizes senão no aqui e agora, o mais é “esperança”, incertezas, ou mesmo estupidez. Pois é, mas essa verdade incontestável da importância de vivermos intensamente o nosso aqui e agora foi mal interpretada por um economista, dia destes, num jornal de São Paulo.

Falando sobre a pobreza em que vivem os idosos, os velhos no Brasil, o economista criticou essa proposta de vivermos o aqui e agora, é preciso pensar no futuro, disse ele. Sem esse pensar no futuro, vamos ter uma velhice pobre, carente, dependente, arrematou o economista.

Que triste, o economista, como muitos outros, não entendeu a proposta do viver no “aqui” e “agora”. Quem vive no aqui e agora, e é essa a proposta da filosofia budista, vive intensamente, faz o seu melhor, produz o seu máximo… tudo hoje, aqui. Ora, quem produz hoje com qualidade vai ter o que colher no “amanhã”, no futuro…

Se você está pensando agora em sair para comprar “algumas” coisas, nada de imperiosa necessidade, e não sair, ficará com o dinheiro no bolso, na poupança… E amanhã você vai ter esse dinheiro para algo necessário. Quer dizer, o “poupar” de ontem, do aqui e agora de ontem, o está ajudando hoje. Tão simples, tão barato de entender.

Viver no aqui e agora é viver com plenitude este momento e neste lugar em que você se encontra. O que você tem hoje no banco é o resultado do que você poupou/investiu no seu aqui e agora de ontem. Elementar, mas o economista não entendeu.

Grossa
Um famoso humorista era gordo, ficou magro… Dia destes, num aeroporto, uma “velha” chegou para ele e disse que ele e o Jô quando ficam magros ficam sem graça como humoristas. O ator/humorista mandou a velha ao devido lugar, disse que é rico e não precisa mais da graça dela… Isso mesmo. É assim que se faz com quem não tem sensibilidade. Uma pessoa quando pega idade e não tem educação é velha/o; quando tem, é idosa/o. Essa do aeroporto era velha…

Falta dizer
A velha história. Encontrei dois baianos, casal, vieram passar uns dias de diversão no litoral catarinense… E fiquei a imaginar que dois catarinenses, casados, foram passar alguns dias em Salvador. A felicidade está sempre em outro lugar… Estará?