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Desprezar o “poder” gerado pelo capital, pelas posses, nunca deu e nunca vai dar certo

Por: Luiz Carlos Prates

09/05/2017 - 08:05 - Atualizada em: 09/05/2017 - 11:05

Acabei de ler dois economistas e lhes dei razão… até certo ponto. A partir desse ponto, pensei que devem ter “bebido”. As grandes verdades quando ditas de modo sério provocam ásperas reações. As pessoas, quase todas, não gostam de ouvir verdades, salvo as suas, é claro. Fora disso, nunca vamos viver a verdade na vida em sociedade, nunca. Todos somos mentirosos natos e hereditários. Há quem diga que não, são os piores… Hipócritas.
Mas deixe-me ir ao assunto, afinal, é o que importa. Antes de dizer propriamente sobre o que disseram os dois economistas, devo lembrar que várias vezes já falei aqui que bem podemos viver “apenas” com o bastante. O diacho é que pessoas de mente apoucada transformaram a palavra “bastante” em “muito”. Bastante não tem nada a ver com muito. – Ah, tem sim, Prates, o fulano, por exemplo, tem bastante dinheiro…”. Não, desculpe-me, ele pode ter muito dinheiro, bastante é o que basta… Quem vive com o bastante, vive com o que lhe basta, e o que nos basta é muito pouco, pouco mesmo.
Pois num debate, os dois economistas disseram, quase ao mesmo tempo, o seguinte: – “Estamos à espera do pós-capitalismo, uma época em que a acumulação de capital deixe de ser um fim em si mesmo e voltemo-nos todos para uma vida bem diferente em diferentes culturas”… Mais ou menos isso disseram os economistas. Eu os aplaudo de pé, eles têm toda a razão, mas… Estão completamente fora da casinha.
Estúpidos, como Marx, com o seu socialismo/comunista fedorento, tentaram, pelo menos na aparência, igualar a todos e dividir tudo, seria uma vida de iguais entre iguais com tudo por igual e ninguém em carência. Esquerdistas asquerosos, nenhum país por esses vermes dominado deu certo, procure no mapa, procure e ache um…
Ademais, senhores economistas, desprezar o “poder” gerado pelo capital, pelas posses, é uma ilusão cabocla, nunca deu e nunca vai dar certo, não enquanto avaliarmos as pessoas por suas posses. E isso vai ser sempre assim. Eu sou o que tenho no banco, se nada tenho posso ser um “santo”, serei sempre, para o povinho, um joão-ninguém. Se, todavia, tiver dinheiro, posso ser um crápula, como todos esses políticos e empresários da Lava Jato, vou me eleger e reeleger até cansar, o povo adora os canalhas de bolso cheio… O que vale, para quase todos, é o ter. O ser nada vale. O “bastante”, o que nos basta para viver bem a vida, ah, isso é coisa para mendigos, pensa o povo.

Lutar
Estar satisfeito com o que temos, o bastante, o que nos basta, não significa parar de trabalhar e não desejar progressos na vida, não é isso. É deixarmos de ser infelizes porque não chegamos àquela riqueza de que para nada nos iria servir. Muitos já chegaram a essa riqueza e estão entupidos de ansiolíticos e depressões… “Pobres” ricos.

Falta dizer
Agora, tem uma coisa: há uma riqueza que nunca é demais, por mais que a tenhamos sempre há espaço para mais e mais, e ela nunca nos enfada: é a riqueza dos livros, de ler e saber. É uma Mega-Sena sem sorteios…

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.