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Não quero mais – Leia a coluna de Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

12/10/2022 - 05:10

Sim, quando uma criança não quer mais um brinquedo ela simplesmente o joga num canto: – Não quero mais! – é o que ela diz sem dizer. Ocorre que se outra criança aparecer e pegar o brinquedo jogado fora, a criança que o jogou fora bate o pé, quer o brinquedo que “é seu” de volta. Um paradoxo? Sim e não. Nós, adultos, somos assim e ao longo da vida, sem remédios de cura. Não vamos longe, é o que mais ocorre nos “amores” acabados, rompidos por qualquer razão.

O cara sai, bate a porta e não olha para trás. Mas se o bundão ficar sabendo que a mulher que ele não quis mais quer alguém ou está sendo namorado por outro homem, o “caído” fica furioso e volta para fazer ameaças. É o que mais anda por aí, machões de revólver no porta-luvas do carro, gritando e se fazendo de macho, mas não passando de uma “uvinha” fora da caixa, todos, todos os que arrotam macheza. Precisamos aprender, leitora, todos precisamos, a deixar morrer tudo o que não nos contribui mais para a vida plena.

É exatamente o que pensam e fazem as mulheres quando se dão conta de que o sujeito que está ao lado delas não lhes agrada mais ou então elas descobriram que estavam sendo enganadas. Vale para tudo na vida, o que passou, passou. Muitas das coisas por que lutamos na vida hoje não nos fazem mais sentido, todavia, muitos ainda choram por essas coisas. Choram ou por não saber pensar e entender que tudo passa e tudo muda na vida ou por baixa autoestima, saudade inútil do que não vai voltar, e se voltar será uma danação. Quantas vezes suspiramos por alguma coisa que tem raízes no nosso passado e quando essa coisa, por uma razão ou outra, volta, nos damos conta de que não são mais as mesmas.

Nós mudamos, vamos mudando, mais das vezes sem consciência. Admitir nossas mudanças não é fácil, vivemos no atoleiro dos condicionamentos dos nossos credos e pensamentos. Se limpar gavetas faz bem, imagine, leitora, limpar a nossa cabeça dos trastes do passado, trastes e valores sem mais significados para hoje. E se esse lixo do passado voltar, mais das vezes, será uma danação e não mais um prazer. O que passou, passou…

TEMPOS

Se hoje, com toda a tecnologia existente, com todos os registros dos celulares, com computadores inapagáveis, com câmeras e microfones por todos os cantos, os sem-caráter fazem o que fazem “representando o povo”, imagine o que não fizeram no passado. É por isso que estamos neste atoleiro histórico desde 1500… Descobrir esses caras, puxar-lhes a máscara na “justiça” e dar-lhes o devido ferro. Canalhas de todos os tempos.

COZINHAS

Nunca entendi. Famílias morrendo de fome no Brasil, maioria endividada, salários lá embaixo, tudo numa pior, mas… O que mais vejo nas tevês são programas de cozinha e programas religiosos. O povo que vê televisão, por maioria, anda com as asas no arame, como pode ver programas de cozinhas/culinárias sofisticadas? De outra parte, o povo não crê nem em si mesmo, e crê em lorotas religiosas? Precisamos é de mais programas psiquiátricos, isso sim.

FALTA DIZER

Muitos do que se acham alguma coisa, bah, nulidades existenciais, pensam que os maiores problemas do Brasil são os sem-terra, os sem-teto, os sem-camisa… Negativo. O nosso problema maior é os sem-caráter e sem-vergonha. O dia em que essa ficha cair para o povo… O Brasil será descoberto.

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.