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Não adianta pedalar

Por: Luiz Carlos Prates

25/03/2016 - 04:03

Vamos imaginar uma situação hipotética, na verdade uma situação comum, de todos os dias e envolvendo milhares de pessoas. Milhares? Milhões pelo mundo. Uma pessoa sai de casa e vai para a academia fazer ginástica, ativar o corpo, ficar bonita/o, ganhar mais fôlego e saúde, certo? Dúvidas.

Aqui entra uma velha questão da Psicologia, a bruxa má das nossas verdades inconscientes… Será mesmo que indo para a academia, comendo comidinha escolhida, tomando sol dentro da “lei”, tudo feito, enfim, com os cuidados de quem se cuida funciona para a saúde? Sim e não.

Sim se a pessoa cuidar que: É preciso não esquecer que reduzir o estresse mental é mais benéfico a qualquer tratamento das doenças do coração do que o exercício físico”… Dito de outro modo, o sujeito pode esfalfar-se nos exercícios, fazê-los todos os dias, comer como um santo, dormir numa cama de palácio, mas se não tiver paz na cabeça, nada feito, compadre.

E se tiver paz na cabeça nem vai precisar fazer tanto exercício assim, afinal, quem não sabe que muito dos exercícios que são feitos em academias visam a compensar graves sentimentos de inadequação, culpa, desmerecimentos ou vazio existencial?

Cansamo-nos ao longo do dia buscando saúde, bem-estar, boa forma física, beleza, o que for, ou tudo isso, e ainda assim a saúde não responder “presente”… O corpo humano é muito mais obediente ao bem-estar mental que aos esforços físicos. Ser feliz é muito mais seguro para a saúde que qualquer outro bem. No fundo, as pessoas sabem disso, intuem essa verdade, mas a querem esquecer, daí resultam as loucuras coletivas de todos os dias e que vemos em todas as esquinas. As pessoas andam ardendo em inquietações, desesperos reprimidos, mas fingem ser felizes, podem enganar os outros mas não enganam seus corações.

O coração é o que mais mata no mundo. E não é de desconfiar? O coração é envenenado todos os dias pelos hormônios cáusticos que alteram a pressão arterial por meio das emoções, dos sentimentos, entopem as artérias e levam pessoas de todas as idades mais cedo para o campo santo do nunca mais. Nada, absolutamente nada, nos pode dar saúde senão a cabeça em paz. E paradoxalmente a cabeça em paz é o remédio mais barato e ao alcance de todos. Queres saber de mais, leitora? Mais fácil mesmo é correr logo para a academia ou sair por aí andando de bicicleta e enganando a pobre cabeça, oca…

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.