Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

“Murros da vida”

Por: Luiz Carlos Prates

06/10/2018 - 12:10

Agora, há pouco, quis me dar uma lombeira e saltei da cadeira, ah, essa não. Lombeira? É o modo de se dizer nos galpões quando uma pessoa se sente cansada, corpo pesado, desejando ficar quieta num canto ou, se possível, tirar uma soneca. A lombeira não tem causa real, não vem de um trabalho intenso, talvez venha mais de uma preguiça gerada pelo ócio… Bah!

Levantei da cadeira, sem essa de lombeira, e fui aos meus arquivos temáticos, o que costumo fazer quando as lombeiras da vida me querem sentado ao lado delas. Fui à área esportiva dos meus arquivos. Mexi daqui, mexi dali e… reencontrei Mike Tyson. Tyson foi um furacão nos ringues, Deus nos livre cruzar com ele. Tyson foi daqueles pesos-pesados inesquecíveis, enquanto lutou como pôde, ninguém se lhe opôs, baita campeão.

Pois bem, numa entrevista Tyson disse que começava a treinar às 5 da manhã. E o repórter lhe perguntou por que tão cedo assim? O boxeador deu uma resposta inesquecível: – “Levanto para treinar a essa hora porque sei que “eles” ainda estão dormindo…”. Tyson queria dizer, ironizando, que os seus futuros adversários ainda estavam na cama quando ele já estaria treinando, suando…

Clique e assine o Jornal O Correio do Povo!

Achei essa resposta do Tyson formidável, mas… é a resposta comum a todos os grandes vencedores na vida. Ninguém jamais chegou ao sucesso ficando até às 10 na cama… Ninguém. Vivo falando daquelas guriazinhas da ginástica olímpica que a cada quatro anos nos encantam.

Elas passam milhares de horas em suas vidinhas treinando, se superando, silenciando dores, vencendo desafios. E tudo para se exibir por 3 minutos numa Olimpíada? Não, mais que isso. Para “vencer” na vida.

Numa sala de aula com 40 jovens, só uns quatro ou cinco são alunos, valem a pena. O resto é mandrião, vadio. Preguiçosos que culpam a professora, a escola, os colegas, a vida… e não se olham no espelho para ver que ali está o vilão, a vilã, o vadio, a vadia. Aliás, o ditado, se bem compreendido, encerra tudo: Deus ajuda a quem cedo madruga.

Madrugar significa levantar cedo? Mais que isso, significa ter uma proposta, acreditar nela e lutar até chegar ao pote da vitória. Todos podem, todos. Ah, sim, menos os vadios. Mas os vadios já conhecem o “murro” da vida, não é mesmo Mike Tyson?

Conselho

Li tudo o que pude até hoje sobre Amador Aguiar, (1904-1991) um dos fundadores do Bradesco. E guardei dele este conselho ao pessoal do atendimento: – “O cliente se consegue por pequeninas coisas e se perde por pequeninas coisas. Os pequenos erros não podem ser cometidos porque ofendem. O nosso caixa, a pessoa do balcão, tem que conversar com cliente olhando para o cliente. E eu digo para vocês que o que vale a pena na vida é o trabalho e a atenção que você dá à pessoa com quem você conversa”. Discordas?

Anote

Quando a pessoa não arde por dentro de entusiasmo por seu trabalho, pode ganhar bem, pode ser promovida, pode ter várias vantagens, de nada adiantarão. Motivação é vivência que não se consegue “por fora”, ou ela nasce na pessoa e pela pessoa ou nada feito. Vêm daí os atrasos, os absenteísmos por nada, a indolência no fazer e o desejo e ansiedades por feriados e feriadões. Resultado? Fracassos e morte mais cedo. É estatística mundial.

Falta dizer

Quando a coisa envolve pai e mãe é difícil escapar, mas fora deles é cair fora dos pessimistas contumazes, dos aziagos da vida, dos que vivem se queixando, dos que não acreditam em nada, essa gente contagia. Fujamos.

 

Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.