Mudar para viver – leia a coluna do Prates desta quarta-feira (23)

Foto Divulgação

Por: Luiz Carlos Prates

23/09/2020 - 06:09

Peguei o livro dela e fui reler frases um dia sublinhadas. Sublinhar é uma promessa para releituras futuras. É o que chama atenção durante a leitura. Ah, o livro, não lhe digo o nome, foi escrito por uma mulher muito interessante, mas… ela não devia se ver assim, saiu daqui e foi se matar um pouco mais longe.

Uma surpresa, um abalo, eu a tinha entrevistado algumas vezes. Mas vamos lá, à frase. Frase simples, daquelas que nem no para-choque dos caminhões se costumava ver, tão simplória e todavia tão importante quanto a vida. A frase – “É preciso mudar para não morrer”.

E só hoje, nesta releitura, dei-me conta de que ela, a autora da frase, não seguiu o conselho. Se ela tivesse mudado, estaria viva. Mas será mesmo que é preciso mudar para continuarmos vivos? Claro que a frase tem um sentido figurado, um tanto enevoado.

Grosso modo, mudamos sem nos dar conta. Duvido que se você hoje tendo 50 anos vá ser igual nos gostos, em tudo, como quando tinha 19 anos… duvido. E quanto tiver 70 talvez ache graça do que fazia aos 50.

Tudo bem, mas essas são as mudanças naturais, aos cinco anos batíamos pé por um pirulito, hoje saímos correndo, cruzes, a pressão sobe com pirulitos. Mudança natural. Mas e as outras mudanças?

Duvido que você agora não tenha algo que desejaria mudar em sua vida. E por que não muda, especialmente se for no casamento? E por que não deixas de fazer coisas que sabes não te fazer bem, mas persistes, hein? E por que não estudar mais, por que te achas velha, velho?

Desistir, sob o aspecto que for, desde que estejas saudável, é medo, é assumir compromisso com a frustração. E frustrados são os que não realizam seus sonhos.

Dentro das nossas potencialidades, isto é, nossas possibilidades, não levar adiante os planos é dar um abraço na frustração. E um dos mais imediatos resultados das frustrações são as agressões contra nós mesmos ou contra terceiros.

Quando voltamos a agressão contra nós mesmos, somatizamos; transferimos os incômodos emocionais para o nosso corpo. Raiz de todas as doenças. Pode ser a antecipação da morte… de fato, é preciso mudar para não morrer. Mas ela morreu, bem antes do tempo.

Irritação

“Pô, Prates, tu vives irritado”! Tens razão, vivo. Ouça esta, manchete do UOL – “De biquíni (fulana…) ostenta corpão bronzeado e impressiona fãs: mulher perfeita”. Perfeita em quê? Conheço-a de programas “humorísticos”, de baixo nível na TV.

Comporta-se legitimamente como mulher/objeto. É isso que me irrita. Quando é que essas mulheres vão se dar conta disso e crescerem na cabeça e não nos traseiros e seios? Fúteis.

Pesquisa

Sempre que tenho curiosidade sobre tendências do povo, faço uma pesquisa. Só acredito em pesquisas que eu faço. Escolho “sempre” 11 pessoas.

Ontem, perguntei se já tinham decidido em quem votar para prefeito de Florianópolis. Oito me disseram que não vão votar, querem escapar de promiscuidade em filas de votação. Pois, são esses equilibrados que deviam votar… o vírus, todavia, os vai deixar em casa.

Falta dizer

Três grandes redes de magazines brasileiras estão oferecendo a funcionárias casadas e vítimas de violência doméstica possível transferência para outras cidades. Negativo. Isso é fuga.

As mulheres têm é que adotar como postura de proteção mandar o covarde pastar quando ele der primeiro pigarro de censura ou proibição a elas. Na hora. É a melhor defesa. Vão fazer? Claro que não…

 

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