Uma pessoa que viva pensando em morrer não merece viver. São muitas e de muitos e diferentes modos. Não vamos longe, o sujeito tem menos de 60 anos, ou um pouco mais, e anda gemendo a vida, se arrastando como um “idoso”… Fique claro só é idoso/a quem quer…
Vejo mulheres, jovens ainda, bem jovens, 60 e poucos anos atiradas, sem vaidades, sem cuidados, umas “velhas” trôpegas existenciais. E com idade para andarem na ponta do salto alto, faceiras, motivadas, mulheres, enfim…
Este assunto enjoado me é motivado pelo que acabei de ler num site de notícias de um dos nossos jornais brasileiros, a “moda” de velhos escreverem suas autobiografias. E que velhos são esses? Caras jovens, 60, 70 anos, mas que ao se voltarem para a autobiografia passam a mensagem: estão pensando na morte. Nem vou dizer que essa gente merece morrer, afinal, quem não quer viver, quer morrer.
E qual é o objetivo dessas “autobiografias” que esses nulos existenciais querem passar ou deixar? Segundo li, todos eles pensam em deixar “lições” para os filhos e netos, querem que os mais jovens da família saibam como foram suas vidas, sacrifícios, conquistas, essas coisas… Que baita imbecis.
Quando alguém – cedo na vida – afinal, antes dos 100 anos ninguém pode ser considerado idoso, pensa em deixar mensagens, ensinamentos, deu… acabou. O sujeito tem que olhar a vida na frente, desafiá-la, se for o caso de um enfermo, programá-la com novos sonhos e lutas, tudo de acordo com o momento da pessoa, mas que nunca seja um momento avaliado como perto do fim… Se for esse o caso, a ciência comprova: o fim chegará mais rápido.
Já me disseram que essas autobiografias são na verdade um passatempo de que muitos homens, só eles, se valem para ocupar o tempo ocioso. E aqui outra mancada, tempo ocioso? Tempo ocioso tem sinônimo de vadiagem, ainda que o “pobrezinho” tenha mais de 90 anos. Trabalho é vida, precisa de energia, entusiasmo, precisa de um motivo e de vergonha na cara, é claro. Não falo, nesses casos, de trabalhos remunerados falo de trabalhos existências/emocionais.
Sentar para escrever um resumo da vida visando a deixar lições aos filhos e netos? Ah, faça-me o favor cidadão, vá achar o que mais e melhor fazer! Deixe de ser paspalhão! Vá empinar uma pandorga…