Voto de confiança

Por: Luiz Carlos Prates

11/01/2018 - 12:01 - Atualizada em: 14/05/2018 - 14:20

Isso mesmo, voto de confiança, falo muito desse voto nas minhas palestras. É o melhor voto que podemos dar a alguém, é o melhor voto que podemos receber. Um voto especial que nos eleva a autoestima, nos faz felizes, vaidosos até. Daquela vaidade boa, a vaidade que nos chega como reconhecimentos das pessoas. De vez em quando, recebo esse voto, de pessoas conhecidas e até mesmo estranhas. Fico feliz.

Ontem ouvi o desabafo de um pai. Desabafo pesado, desapontado, mas… muito comum. Vivo dizendo que o ser humano não é uma equação exata, o ser humano é de uma matemática inexata. Por mais que alguém invista na educação de uma criança, essa criança poderá crescer para o mal ou não justificar o investimento que com ela foi feito. Vale em sentido contrário, uma criança nasce nos lodos da vida e cresce para o bem, para as excelências. Ainda bem que é assim.

O pai que me procurou contou-me de algumas de suas decepções com dois filhos, ele tem quatro. Todos criados do mesmo modo, mas… Sabemos que nenhum filho é igual ao outro no receber e no devolver. Certos comportamentos não se explicam.

Indiferença, por exemplo. Datas importantes para os pais, filhos desdenham, saem batendo a porta no rumo de seus interesses e os pais que fiquem com seus sentimentos. Num momento seguinte, os gastos indevidos, como se os pais fabricassem dinheiro ou este lhes caísse do céu…

Mais adiante, o pai, gemendo uma dor de coluna, vai lavar o carro da família… O filho, um baita homem, nem aí, faz que não vê, não lava o carro para o pai. A filha finge sentimentos e afeições, mas deixa tudo e vai atrás de um namorado, danem-se as necessidades eventuais da família. Trabalho sério, nada. Desculpas e desculpas, não reconhecem o sacrifício dos pais para lhes dar cama, comida e roupa lavada. Mas esses filhos costumam fazer “teatro”, fingindo envolvimentos com pai e mãe. Já os outros filhos, uns anjos. O que fazer? Meu conselho é puxar a rédea das vantagens, dificultar certas facilidades de até agora, dar uma figa aos filhos mandriões. Não é justo tratar por igual aos desiguais, especialmente quando esses desiguais fazem força pela desigualdade. Ah, e nem de longe deixar a filhos que não merecem qualquer tipo de herança. Ou os pais gastam tudo em vida ou que deem outro jeito. Não se deve deixar nada para filhos safados, ordinários e fingidos.

AMOR

O amor é cego, não tenho nenhuma dúvida. Vejo cada casal por aí que não há com justificá-los senão pela “cegueira” do amor. E ontem, descuidadamente, liguei o rádio enquanto a Ivete Sangalo cantava um trecho que achei formidável. Ela cantava – “Eu me apaixonei pelo que inventei de ti”. De fato, “criamos” virtudes em quem amamos que só nós conseguimos ver. Baita erro. A predisposição altera a percepção. Vejo nela o que ela não tem. Mais adiante, quando sobrevier a verdade, será tarde. Divórcio, socorro.

CRIANÇAS

Crianças continuam morrendo afogadas, é inaceitável. E os “pais” quase sempre estão por perto. Depois, eles vêm com desculpas, ah, foi por isso; ah, foi por aquilo. desculpas esfarrapadas para suas desatenções. Já chegaram a inventar que uma criança morreu de susto dentro d´água… Os pais de crianças afogadas têm que ser presos. Nada, nada, nada justifica.

 FALTA DIZER

No ambiente de trabalho seja um “ator/atriz”, e dos bons, das boas. Sendo assim, você sofrerá menos e será mais simpático/a com todos. Ser o que somos nem sempre é bom negócio. Aliás, costuma ser péssimo negócio.