No que você está investindo em você?

Por: Luiz Carlos Prates

03/11/2017 - 12:11 - Atualizada em: 14/05/2018 - 14:49

Num fórum sobre Envelhecimento e Longevidade, São Paulo, um palestrante subiu ao palco para falar que – “Acomodação é Morte”. Levante o dedo quem discorda dele? Só um “estapafúrdio” para discordar. Aliás, acomodação, grosso modo, não existe, a Natureza é movimento, movimento permanente, eterno.

Tudo bem, todos entendemos o que o palestrante quis dizer ao dizer que Acomodação é Morte”. E é. À propósito, tenho comigo uma antiga publicidade de um banco que diz que – “O único investimento que tem retorno garantido é você”. Vale dizer que quando alguém investe em si mesmo vai colher o resultado desse investimento. Dizendo isso, lembro de lhe fazer uma pergunta: no que você está investindo em você? Qual é o seu investimento pessoal de hoje? Duas são as resposta que não valem. A primeira é dizer que és muito jovem, a outra é dizer que és muito velho/a. Quando a pessoa não investe por ser jovem ou não investe por ser velha, condenou-se: a jovem não vai ter futuro e a velha não vai ter paz, qualidade de vida.

Seja o que for, precisamos estar sempre “entrando numa nova”, descobrindo um jeito de entretenimento pessoal, com objetivos materiais ou não, mas seja o que for só não podemos é darmo-nos por aposentados. – Ah, já tenho o de que preciso, filhos criados, casa própria, agora é “rosetar”, viver a vida…! Sim, mas viver a vida coçando? Nem o Bill Gates, o homem mais rico do mundo, consegue. Só os trapalhões da vida sonham com esse tipo de vida.

 

Quem acha o que fazer, quem tem sonhos, quem inicia-se em algo novo, quem olha para a frente, quem não vive suspirando pelos “idos”, quem namora, quem se acha “pouco” e busca qualificar-se continuamente, seja no que for, tem vida. Esse tipo de pessoa contagia, é agradável, mas… É tipo raro, raríssimo. A maioria anda por aí arrastando os chinelos do “estou bem assim” ou “agora é tarde”.

Carreiras e casamentos “param”, empacam, viram tédio e aborrecimentos contínuos exatamente por isso: acomodação. Dia destes li sobre uma jovem leviana que – sob o argumento de que estava vivendo um momento difícil em sua vida – decidiu largar tudo e sair pedalando pelo mundo. Vive no mundo da lua da irresponsabilidade, fugiu dos enfrentamentos, acovardou-se, mas… Um dia vai acordar e nada ter, dar-se-á conta de que foi fraca quando pensou que era esperta. Coitada, órfã de pais vivos. E sem amigos, “amigos”, quero dizer.

Cabelo

Fui escoteiro. Era como que um quartel, disciplina louca mas… O tempo passou. Dia destes, vi na televisão reportagem sobre escoteiros “lobinhos”, os principiantes, e um deles tinha o cabelo “vermelho”, pintado de vermelho. Ou alucinei, vi o que não havia, ou de fato os tempos mudaram. Só o que faltava. Vai cortar esse cabelo e deixá-lo natural, guri, pamonha! E muito me admira os pais do guri, como é que deixaram? Eu disse pais? Desculpe, usei também de uma palavra em extinção.

Falta dizer 

E aí, guria/mulher, tu preferes um saradão, um cara que não sai da academia, ou um cara que não sai da Academia… de letras? Por maioria, elas preferem o saradão. Vão se arrepender. Quem escolhe “desenhos” que não se queixe depois.