Somos iguais

Por: Luiz Carlos Prates

24/04/2018 - 11:04

Sim, não há diferença entre nós e eles. Falo dos cães, somos iguais. E antes que você, leitora, jogue longe o jornal ou faça uma frase de fúria, acalmese, deixe-me explicar. Acabei de reler o livro “Corpo Sem Idade, Mente Sem Fronteiras”, do Deepak Chopra, médico e filósofo indiano.

Chopra diz, certa altura do livro, que – “Submeter um animal a situações de estresse faz com que ele envelheça muito rapidamente…”. E nós, somos diferentes? Aliás, falei em cães, o correto é dizer que qualquer animal sob situação de estresse envelhece e morre mais cedo. E quanto aos humanos, não adianta fazer plásticas, o pior dos envelhecimentos é o do enrugamento da alma, da essência, para essa velhice não há cirurgia reparadora que dê jeito…

Vamos lá. O bicho se estressa por questões naturais, trovões, por exemplo, no caso dos cães. Há outros estresses naturais na vida deles, mas todos se relacionam à segurança existencial. Nós não.

Nós nos assustamos com as fantasias criadas por nossas cabeças loucas, medrosas, condicionadas a viver espiando pelos cantos da vida, suspeitosos de tudo, de todos. Curioso, estou outra vez nesse assunto. Mas fazer o quê? O que hoje mais mata sobre a terra é o câncer e as cardiopatias, doenças geradas pelo comportamento, pelos pensamentos, pelos medos, pelas inseguranças, pelo jeito de ser e de viver.

Cada caso é um caso, mas todos os casos dão voltas e voltas nos quarteirões das desculpas, e… acabam, mais das vezes, caindo no buraco fundo do sofrimento, da dor e da… monja da foice… Semana passada vi na TV uma mulher negra de 108 anos. Sim, você ouviu bem, 108 anos. Forte, saudável, mentalmente arejada, corpo robusto ao ponto de exibir sua saúde fazendo flexões de braço no chão do estúdio da TV. Mulher pobre. Mas aí é que está.

Essa mulher, por certo, nunca teve os “sonhos estúpidos” e inúteis que nós costumamos ter. Nunca se viu menor por não ter uma bolsa Chanel ou viajar para Miami. Nunca se estressou por não comer churrasco gourmet… Ela é feliz sem os estresses das inutilidades. E nós? Estressamonos por viver correndo atrás dos ventos e viver no lá e no então, nunca no aqui e agora.

Paremos, por favor, de estressar nossos indefesos bichinhos caseiros, já que quanto a nós não tem jeito. A estupidez foi-nos dada no Paraíso. Maldito paraíso… Mudança Na TV, estou de mudança. Saio do SBT/SC e estou chegando à RIC/Record.

Trago comigo muita saudade e apreço por todos os colegas, diretores e pessoas que de um modo ou de outro me ajudaram a ser e a viver no prefixo de que me despeço. Minhas asas profissionais chegam agora ao topo do Morro da Cruz, sede da RIC/ Record, em Florianópolis.

Gire o botão da sintonia que você me vai achar, em vários horários. Como sempre, devo a você, vocês, meus voos profissionais e, claro, meus ímpetos para bater na mesa. Grato. Falta dizer Estás louco/a para chegar até ela ou ele e não sabes como? Vá até à pessoa “cobiçada” e faça uma pergunta. As perguntas abrem muitas portas. Depois… é correr para o abraço. Tente