Sim e não

Por: Luiz Carlos Prates

27/02/2018 - 12:02

Para uma mesma pessoa nada na vida pode ser sim e não ao mesmo tempo. Todavia, quando estamos diante de pessoas diferentes, é claro que algo pode ser sim para uma e não para outra. Felicidade, por exemplo. Um exemplo: eu não posso ser feliz com dinheiro e ser tão feliz e do mesmo jeito sem dinheiro. O que eu posso é ser feliz, independentemente do dinheiro. Este assunto me foi inspirado por uma pesquisa feita na Universidade Northwestern, EUA.

Pesquisa sobre um assunto tão velho quanto a primeira parreira cheia de uvas… Felicidade. Antes de dizer da pesquisa, preciso lembrar que nas minhas palestras, quando falo da indispensável felicidade na vida, costumo dizer que não podemos, sob nenhuma condição, colocar a nossa felicidade na dependência de algo ou de alguém. Se assim o fizermos, vamos jogar a felicidade na dependência desse algo ou alguém fora de nós, e essa dependência inviabiliza a felicidade. A felicidade deve depender só de nós, independente de nossas condições externas. – Ah, Prates, tu não sabes o que dizes, se eu não casar com o Jr., eu morro…”. Deixes de ser histérica, não vais morrer não…

A pesquisa dos americanos da Northwestern diz que – “A felicidade depende de pessoas que nos cercam”. Não é bem assim, se o fosse, já disse, viveríamos com a corda no pescoço, sempre dependentes deste ou daquela para sermos felizes, mas…

É óbvio que quem nos cerca ou nos coloca mais para cima ou mais para baixo, aliás, vem daí a importância da qualidade moral e emocional dos nossos amigos (e eles dependem da nossa escolha) e, fundamentalmente, de quem escolhemos para casar. Fundamental. Mas as escolhas, infelizmente, são feitas pelos hormônios, isso quando não são feitas por títulos e prestígios sociais. Adeus, tia Chica, quando é assim.

As pessoas que nos cercam nos passam energias, sim, inegável. Até certo ponto podemos nos defender, depois desse certo ponto vamos perdendo a paciência, energizados para o amuo. Uma mulher chata, ranzinza ou um homem assim, cruzes, lá se vai o casamento.

Um mau-humor eventual, uma cara fechada lá de vez em quando, passa. Mas se isso for muito frequente, é melhor pular fora do galho antes que ele quebre. Sim, os que nos cercam nos enchem os tubos ou nos fazem mais felizes. Mas que fique claro, nós decidimos continuar sofrendo, escolher melhor ou cair fora. Nós…

Segredo

Vou falar baixo… Queres um segredo para te tornares irresistível, charmoso/a no ambiente de trabalho? Então, esqueças as roupas de grife, os carrões lá no estacionamento, essas bobagens que o dinheiro pode comprar. Torna-te, isso sim, cada vez mais competente em tuas funções, mais cortês, atencioso/a, educado/a, caprichando numa fala mais elevada em qualidade e bom português, por aí. Bah, vais ganhar simpatia, charme, admirações e, claro, muitos ódios silenciosos, afinal, os mandriões são avessos, eles e elas, ao que é bom, mas que está ao alcance de qualquer um… Os fajutos não gostam de quem é assim porque crescer dá trabalho…

Falta dizer

Santo Deus, tenha pena dos ignorantes, porque eu não tenho. Manchete: – “Temor de febre amarela motiva massacre de macacos”. Não sabem que os macaquinhos são apenas vítimas e não causa? Ardam, ignorantes!