Não há qualquer dúvida de que o ser humano foi uma danação, um erro que não se sabe de onde veio... Tudo na Natureza funciona por leis regulares, nada se afasta de sua lei natural, exceção do ser humano; não há lei que o faça bom, confiável no seu agir e fazer. Diante da condição humana, tudo pode ser e pode não ser. E vem daí a segunda maior razão das loucuras humanas. A primeira, sem dúvida, vem da consciência da finitude, da morte. Saber que a cada passagem do ponteiro dos minutos estamos um minuto mais perto do fim entorta a cabeça de qualquer um. E só o nauseabundo ser humano tem essa consciência. Aí vem um imbecil e diz que foi Deus quem nos deu essa consciência... Estou sem tempo para mandar esses tipos ao devido lugar, um lugar sujo e fétido...
Faz temo que li sobre uma pesquisa feita por psicólogos americanos nos pátios dos hospícios nos Estados Unidos. Hospícios, sim. Há uns abobados hoje que não admitem a palavra hospício, que hospício pressupõe pessoas loucas... Sim, mas e não existem os “loucos”? Ficamos sabendo, por essa velha pesquisa dos psicólogos americanos, que nos hospícios nos Estados Unidos nunca acharam alguém com câncer ou morrendo do coração... Não é estranho que a doença dos infelizes, o câncer, segundo os mesmos psicólogos, não acometa os “loucos”? E o coração deles é forte como o dos touros. Não é intrigante?
Outra coisa que também poucos sabem. Não há suicídio entre os mendigos. O cara vive na rua, não tem onde cair morto, depende da comida alheia, vive no frio e no calor, não tem o seu cantinho, nada, mas... Não se mata. E você não tem ideia, o jornalismo hipócrita não diz quando a morte de um bacana foi por suicídio, não tem ideia do número deles que se matam. Eles têm “tudo”, mas não têm paz, não têm sonhos, não têm roteiro de vida, não têm nada e... se matam. Olhando esse mapa da vida, da condição humana, não é estranho que “loucos” e mendigos vivam melhor que os falsamente saudáveis aqui do lado de fora? Vivemos, nós os falsamente saudáveis, mentindo a nós mesmos, correndo atrás dos ventos das vaidades, das nulidades, dos exibicionismos, das posses, ainda que por dentro mais pobres que os mendigos e mais loucos que os “loucos”. Coitados de nós, os mendigos bem de vida, os “loucos” soltos, sem o pátio do hospício. No hospício, pelo menos, poderíamos ser os Napoleões e as Cleópatras que desejamos ser e vivemos mentindo...
Pressa
Ousadia ou apenas baita verdade? Quando o jornalismo era verdadeiro, quando não havia o nojento politicamente correto, havia criatividade e verdades ditas na cara. Nelson Rodrigues, o jornalista, escritor, dramaturgo, um dia escreveu que – “Quando o sujeito é uma besta e não é capaz de fazer nada, faz filhos”. Que tapa naqueles velhos do tempo antigo e nas bestas de hoje. Ou alguém contesta?
Falta dizer
Queres ganhar o “céu”? Não é preciso ir à igreja, seguir ritos, dobrar os joelhos ou a coluna, nada, basta... Ser pessoa honesta, agir de acordo com as leis da decência, da ordem e do progresso. Pronto. O céu te espera.