Não gosto desta época de fim de ano

Por: Luiz Carlos Prates

16/12/2017 - 16:12

Todos os dias dou de cara com novos fatos, não digo novidades, afinal, não há nada de novidade abaixo do sol. O que é já foi, e o que foi será… Não gosto desta época de fim de ano. É um tempo em que as pessoas colocam em molduras de hipocrisia as falsas verdades de suas vidas. E tudo começa pelos falaciosos sentimentos, a todos é endereçada uma mensagem positiva de bom Natal, de um ano novo feliz. Tudo da boca para fora.

Outra coisa que me irrita é a busca do corpo “bonito”. Elas ficam como loucas para entrar em forma, e eles, os abobados das latinhas de energéticos, levantam barras de ferro pesadas na academia. Tudo inútil. O que nos faz diferentes e melhores não é o corpo físico, é a vida mental e emocional. O caráter cuida da instância moral da personalidade, mas é trabalho perdido tentarmos mudá-los depois dos cinco primeiros anos de vida, o período de molde. Paciência.

O mundo está doente, doente mental… e o corpo vai atrás. As doenças começam pela cabeça, por um modo de pensar, sentir, reagir, viver… A imunidade depende, fundamentalmente, das emoções. Boa cabeça (quem mesmo a tem?) é sinônimo de saúde e vida. Mas como ter boa saúde mental, e física, se em torno de 80% das pessoas que trabalham são infelizes nesse trabalho? Escolheram o trabalho que fazem.

– “Ah, mas fui forçada a fazer o que faço, estudei pouco, família pobre, cidade pequena, isso e mais aquilo”… – Tudo desculpa, levanta-te e anda, como ordenava o Cristo aos “enfermos”. Levanta-te e anda. Seja qual for a idade e as circunstâncias, uma pessoa pode “levantar-se e andar” para uma vida melhor.

Sim, sei, há grandes empecilhos, todos eles da mesma família, a família das desculpas e das covardias para “levantar-se e andar”. Falei de mente, emoções e saúde do corpo físico? Então, ouça esta de um psicanalista argentino, dos melhores do mundo: “Sempre o tipo de doença tem ligação com um determinado caráter psicológico. Então a emoção que beneficia o surgimento do infarto do miocárdio sempre será diferente do fator emocional que conduz ao câncer”. Leia de novo este último parágrafo, leia. Mas não basta ler, é preciso crer. Crer nos poderes/milagres do ser humano. O diacho é que a maioria da população é tosca, não crê que temos o poder de enfermar – e matar o corpo físico – como de recuperá-lo para a melhor saúde. Tudo é possível ao que crê…

Verdade

Na verdade, o assunto, é velho, cansativo, mas muita gente nem aí, dá de ombros e desacredita: A doença física é apenas o sintoma mais visível da enfermidade psicológica, denunciando os males da vida emocional da pessoa…”. Um porre ter que viver repetindo isso, não é mesmo?

Falta dizer 

Você tem “idade”? Então, guarde esta: – “Os velhos precisam se reinventar…” Grosso modo, todos nós, de tempo em tempos, temos que mudar em alguma coisa… Sem mudanças, a velhice galopa. E a “Dama da Foice” esfrega as mãos…

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.