Mas o que tem que ver casamento com desemprego? Muitíssimo

Por: Luiz Carlos Prates

01/09/2017 - 10:09 - Atualizada em: 14/05/2018 - 14:29

Às vezes me pego em dúvidas, pô, esse assunto de novo, sacrossanto, quantas vezes? Depois me acalmo, afinal, você sabe, o sol vem e vai todos os dias e não reclamamos, isso sem falar que também sabemos que não há nada de novo abaixo desse sol, o que é já foi, e o que foi será… Então, vamos lá.

A manchete diz que o desemprego em Santa Catarina voltou a crescer. Os divórcios também; aliás, os divórcios só crescem. Ué, Prates, mas o que tem que ver casamento com desemprego? Muitíssimo.

Canso de erguer a voz nas minhas palestras empresarias para dizer à turma que “somos contratados pela competência e demitidos pelo comportamento”. Essa é a regra, que, é claro, pode conter exceções, mas é a regra. Agora me diga, e não é o mesmo nos casamentos? Nos encantamos pela figura dela, ou dele, pela “beleza”, que não passa de uma visão externa não raro a encobrir graves deficiências internas. E quando “provamos” o produto por dentro, em seu caráter, Santo Deus, que decepção! Era tudo enganação. E surge o divórcio, no casamento, ou a demissão no emprego.

São muitas as causas das demissões num momento de crise, mas uma regra é indesmentível: os mais fracos nos desempenhos, os que mais deixam a desejar no dia a dia do “balcão” da empresa são os primeiros a sair de braços com ela, a demissão.

No casamento, caráter gera admirações, amor, longevidade no relacionamento, vale o mesmo para o ambiente de trabalho. Quem tem caráter se esforça mais, quer aprender, se coloca no lugar do empregador, joga, enfim, o jogo da empresa para ganhar o jogo, o jogo do mercado. De novo, vale para o casamento.

Colocar-se o marido ou a mulher no lugar do cônjuge tentando entendê-la/o, ajudá-la/o, não feri-la/o, produz admirações e vínculos. O diacho é que tanto os empregados quanto os maridos e as mulheres se acham os tais, não admitem suas falhas, seus defeitos, culpam o outro – ele ou ela – culpam o patrão, a empresa.

Que fique claro, nem todos os demitidos são safados, desqualificado, às vezes são ótimos mas também temos que admitir que esses tipos ficam menos tempo fora do trabalho. Como os de bom caráter no casamento, tendem a ser mais amados e desejados. Se não o forem, quem os despreza não devia ter nascido, merece a lata do lixo, tanto nas relações humanas quanto nas do trabalho, nas empresas. Trabalho e casamento, tudo a ver!

 

RIDÍCULO

Dia destes… : – “PUC-SP abre banheiro unissex para público em geral”. E diz a PUC que – “Esse sanitário é de uso comum, não direcionado a um público específico.” Eu gostaria de ver a seguinte cena: a mãe de quem pensou esse banheiro entrando para fazer xixi e ao lado dela um baita ordinário, daqueles… e começa a “mijar” ao lado da senhora… É isso? É assim? Meu Deus, que distância da PUC-RS onde estudei para essa PUC “moderna” de São Paulo…

VERGONHA

Uma “doutora”, perguntada sobre o prende-e-solta de bandidos, disse que as polícias precisam estar mais bem preparadas para saber prender, que a Justiça apenas faz justiça… Pode essa desculpa nojenta? Então a culpa do prende-e-solta é das Polícias? Eu queria um tal depoimento na “minha” delegacia, num prende-e-não-solta especial….

FALTA DIZER

Você conhece algum caso de um jovem pobre, bem pobre, mas com vergonha na cara, estudante de primeira, com vontade e persistência, ser impedido de passar num vestibular e entrar numa faculdade? Nem eu. Então, não me venham com conversa para ajudar molengas.