Era um programa de variedades na tevê. Lá pelas tantas, a apresentadora iniciou um debate sobre comunicação interpessoal, nós conversando com os outros e os outros conosco…
Num certo momento, a repórter inicia uma pesquisa nas ruas com os que passavam pelas calçadas: – E daí, tu preferes mandar uma mensagem pelo celular ou fazer uma ligação, falar de viva voz com a pessoa? Quase todos disseram que preferem mandar uma mensagem. Faz sentido.
Na mensagem escrita, você não revela o tom de sua voz, mais assertiva, mais segura ou menos segura, tímida, medrosa… A fala revela. Além disso, tem a palavra errada, o vocábulo não encontrado na hora certa ou em momento nenhum… Fala, se queres que te conheça!… As pessoas podem desconhecer essa verdade mas a intuem, e intuição é conhecimento sem consciência, sei que sei mas não sei por que sei…
Na mensagem escrita você inventa abreviaturas, escreve com desenhos, tudo muito infantil, a ignorância passa despercebida. Será? Claro que não, não com pessoas de sensibilidade e um mínimo de erudição. Aliás, nesse programa na tevê, a apresentadora disse que “faziam” anos que ela convivia com pessoas… Faziam? Fazer quando tem sentido de “tempo” fica impessoal; no caso, o correto seria dizer – faz anos que… Enfim, discutiam comunicação, erros e acertos, e a apresentadora deu uma escorregadela… zinha.
Mas o que vale dizer, e mais uma vez, é que se levarmos adiante esses cuidados de observar atentamente ao que as pessoas dizem ou escrevem, ou como falam e como escrevem, ninguém mais vai fazer negócios ou, bem provável, ninguém mais vai casar… Nós transpiramos nossos valores ao falar e escrever. Não é por outra razão que a entrevista é o que mais reprova candidatos nas avaliações para emprego, e as redações tiram o sono da maioria dos jovens em provas de todo tipo…. Fala ou escreve para que eu te conheça…
– “Ah, mas sendo assim, eu que me garanto, vou enganar a todo mundo que anda por aí, vou enganar até o meu psicanalista”, diz o abobado ou abobada. Engana coisa nenhuma, dizer isso é como dizer que o vagabundo vai enganar o delegado na delegacia, pois sim. Vai enganar um tapa no ouvido…, pelo menos na “minha” delegacia…
E para terminar, o que andam escrevendo de errado nesses celulares de palma de mão é um caso, mais das vezes, de internação psiquiátrica. Regra geral, mas todos dizem, ah, é isso mesmo e… Não se enxergam…
PALPITE
Quando fui narrador de futebol, sempre fui palpiteiro, falava bem antes o que imaginava viesse a acontecer mais tarde. Não perdi o pique: Se o Tite tiver cabeça deixará o Neymar fora da Seleção para a Copa da Rússia. O cara não joga o que dizem, não vai para a bola dividida e sempre que vê encrenca pela frente tem o “azar” de se lesionar… Hummm. Ademais, se ele jogasse o que dizem, o Barcelona não o teria liberado. Neymar na Seleção é jogar com dez…
ÓCULOS
Gestos revelam. Uma pessoa pode ser quase cega mas jamais deve falar com alguém frente a frente com óculos escuros enfiados na cara. Tirá-los é educação. Sim, eu sei, estou chutando a canela de multidões de toscos e toscas. Paciência, minha esperança é que um dia se eduquem. Nem que seja no bastão…
FALTA DIZER
No “meu” colégio – regime militar – vagabundo não se cria e nem pisca uma ofensa a uma professora. Paga na hora. Está na hora de as escolas serem mais militares com vagabundos de menor idade, “crianças” para os abestados que as defendem nas delinquências.