Fala, quero ouvir 

Por: Luiz Carlos Prates

23/12/2017 - 15:12

Por onde quer que eu ande, procuro conversar com certas pessoas. Com certas, eu disse… Por exemplo, nos shoppings procuro ouvir, faço perguntas, às mulheres da limpeza de banheiros, especialmente dos banheiros femininos. E o que já ouvi de histórias é de coçar o queixo. Você não imagina o que as “meninas” fazem, como fazem e como deixam os banheiros. E imagino que todas elas devem ter um “bermudão” ao lado, opa, quis dizer um namorado. Quem as vê por fora e de longe bem que pode se enganar. Afinal, elas são falsas miragens de beleza e educação.

Nos colégios, quando vou fazer palestras, procuro ouvir as professoras. As, eu disse. As. Faço perguntas sobre a direção da escola, sobre os pais dos alunos e, claro, sobre os “anjinhos”. O que tenho ouvido é também uma repetição enfadonha, impressionante do nível a que chegamos. Mas o que esperar desses pais que andam por aí, apenas reprodutores? Geram crias e não filhos…

E ontem dei uma passada por um grande supermercado de Florianópolis. Enquanto a garota da caixa fazia o registro dos produtos e depois ela mesma os embalava, procurei conversa. E ouvi dela que os turistas que vão ao supermercado são insuportáveis pela falta de educação, pela “nudez” de muitas mulheres e pelos desrespeitos aos funcionários. Nada de novo para mim, afinal, quem não sabe que os turistas, por maioria, que vão (ou vêm) para Florianópolis não tem dinheiro, gosto e educação, quem não sabe? E se digo isso é pela maioria que conheço, e como não conheço as exceções, fica assim…

Nos detalhes, fica-se sabendo que as pessoas tossem e espirram como se estivessem no meio do mato, perto de todos e em cima de produtos, mais das vezes. Crianças berram e mexem em tudo, e mulheres seminuas é o que mais se vê. Vergonha e educação que é bom, nada. Mas quem não sabe disso? Esse povo não sabe que alguns poucos gestos, às vezes até nenhum, os revela da cabeça aos chinelos? E muitos desses batem panelas contra este ou aquele, xingam, põem a língua para o prefeito, para o governador, para o chefe, para todos. Sabes o que está faltando? Uma boa “espada militar” para deixar esse pessoal bem no seu devido lugar e cumprindo à risca com os deveres. Os ladrões de Brasília não são outra coisa senão a cara do povo, do povo por absoluta maioria. Educação, respeito, ordem e progresso. Já.

Caixa

Você quer ver uma gravíssima falta de respeito aos direitos trabalhistas? Por onde ando nos grandes supermercados, as garotas das caixas são “obrigadas” também a fazer os pacotes. Elas ficam sobrecarregadas, muito estressadas, isso quando não se perdem no registro das compras. E ninguém diz nada contra a exploração dos trabalhadores? Os “doutores” não veem isso?

Falta dizer 

Jovens estudantes estão em férias, certo? E será que os pais não os vão disciplinar para aproveitar o tempo vago e ler, consultar o dicionário, investir nos conhecimentos para depois voltarem às aulas com vigor e mais capacidades? Sem essa de “anjinhos” de férias. Isso é vadiagem.

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.