A cabeça é tudo 

Por: Luiz Carlos Prates

15/12/2017 - 15:12

Ninguém é ou deixa de ser alguma coisa senão por decisão de sua própria cabeça. O que pensamos que somos, somos. E a empáfia que muitos arrotam no convívio social é teatro, essas pessoas sabem que não são nada e por saberem disso fazem o que fazem, fingem, arrotam peru quando comem farofa pura… A pior das farofas, a da mediocridade…

Dia destes, circulou entre nós uma pesquisa feita por vários institutos, todos com os lemes voltados para o mesmo horizonte: o da velhice. O que é ser velho, quando se fica velho, quem é velho? As perguntas das pesquisas junto ao povo envolveram de tudo um pouco sobre velhice. Um resumo? Pois não. “Na média, os brasileiros acham que a juventude acaba aos 37 anos… E que a velhice começa aos 64 anos”. Tudo pode ser e tudo pode não ser, depende da cabeça de cada pessoa.

Há velhos decrépitos aos 23 anos, só lhes falta sair de guarda-chuva num dia de sol, boné de feltro sobre a cabeça e, quem sabe, uma bengala pendurada no braço… São os velhos de nascimento. Incorrigíveis.

De outra parte, há o velho, a velha, que se veste de jovem, de jovenzinhos. São os ridículos. É bom lembrar que, como diziam os antigos romanos, “in medio virtus”… A virtude está no meio, nem para lá nem para cá…

Interessantes o que a psicóloga americana, Ellen Langer, da Universidade de Harvard, descobriu: – “Aqueles que trabalhavam de uniforme ou que se vestiam de forma semelhante a pessoas mais jovens apresentavam menos doenças ao envelhecer”. Faz sentido. O “uniforme” uniformiza, iguala as pessoas nas vestes do corpo e influencia a pessoa por dentro. É por isso que eu digo que os padres de hoje de padres pouco têm, vestem-se com desmazelo, passaram a usar as roupas do “rebanho”, passaram a se confundir com o “rebanho”, povo na Bíblia é chamado de rebanho… Um padre de batina é padre, é mais padre.

Discordei de um item apurado nessas pesquisas sobre velhice. Apenas 9% dos idosos disseram que a aposentadoria é a maior vantagem da idade… Falsa essa resposta. É muito mais de 9% os idiotas que acham a aposentadoria a grande conquista na velhice. Para mim, se a pessoa tem saúde e lampejos na alma trabalhará até o último suspiro. Isso também apareceu na pesquisa, mas fica para outro dia. Agora, tenho que descansar um pouco…

Roupas

Falei de roupas e idade na conversa lá de cima… A propósito, lembrei que no centro de Florianópolis havia um bar/café cujo nome era Senadinho. Lembrava Senado e homens de idade. Foi um longo sucesso, mas acabou… Ainda hoje, todavia, senhores provectos, idosos mesmo, vão ao agora moderno Senadinho, vão de terno e gravata. Era correto no passado, descompassado hoje. Uma certa adequação aos tempos faz bem a saúde e à boa imagem pessoal…

Falta dizer 

E aí, já escolheste a cor da roupa para a passagem de ano? Há muita gente preocupada com essa crendice barata, mulheres, por exemplo, procurando por calcinhas amarelas, dão sorte… A sorte da mulher não vem da calcinha, vem da personalidade dela…

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.