As coisas andam tão ruins que de vez em quando é bom conversar sobre futilidades

Por: Luiz Carlos Prates

12/12/2017 - 17:12 - Atualizada em: 14/05/2018 - 14:36

Às vezes é bom conversar sobre futilidades, não achas? Afinal, as coisas andam tão ruins por aí, bah, vontade de sair correndo para o além-mar… Para o além-mar é pouco, para Marte, seria melhor…

Vamos então falar de futilidades? Acabei de ler uma reportagem e me ocorreu de perguntar a você o seguinte: – “Se você achasse uma pessoa igual, igualzinha a você, sem tirar nem pôr, você casaria com ela”? Que encrenca,hein? Num primeiro momento, falando por mim, eu casaria, mas… Mas eu vivo encrencado comigo mesmo, só eu sei, vivo me dizendo cobras e lagartos… Há muitos momentos em que me mando longe, para aquele lugar… Imagino alguém ao meu lado igualzinho… Socorro!

Fiz essa pergunta porque acabei de ler reportagem sobre uma jovem mulher que aparece na GNT-TV fazendo arrumações em casas alheias. Ela é uma especialista em arrumar o desarrumado. Bah, se ela visse a minha sala de trabalho, de ler, de ver televisão, tudo, se ela visse sairia correndo. Não tem como arrumar. Por que não tem como arrumar? Porque a sala tem a minha cara, e a minha cara é “inconsertável”.

Nesse programa da GNT o título era – “Arrumar a casa é organizar a vida”. Programa onde pessoas são selecionadas e uma garota, especialista em organizar o desorganizado, vai lá e deixa tudo que é um brinco. Como programa, é uma diversão. Eles mostram como era o quarto, ou sala, antes da arrumação e como ficou depois. Um encanto.

Ocorre, e era aqui que eu queria chegar, que se alguém arrumar a minha sala e me disser que assim ela ficará melhor, não posso discordar, mas… Eu vou desarrumá-la outra vez e assim “ad aeternum”.

É impossível alguém me fazer ter bom gosto se “hoje” não tenho bom gosto. Muitas vezes é possível que uma pessoa venha a mostrar bom gosto depois de muito tempo vivendo aparentemente fora dos eixos… Mas essa pessoa já tinha dentro dela a predisposição para ser uma pessoa melhor. Caso contrário, é tempo perdido. Você arruma hoje a casa de um bagunceiro e amanhã a casa estará um lixo. É o que acontece com a maioria, em tudo… Quem uma vez casou e não deu certo, pode casar outras mil vezes, não vai dar certo. O problema é da pessoa, não do outro, o outro é consequência… Somos “inconsertáveis”.

Eles

Por que eles podem passar impunes e outras pessoas não? Liguei a TV e fui indo, fui indo… Parei num canal católico, o padre babava contra a ideologia de gênero. Por que “religiosos” podem baixar a lenha livres e impunes sobre certos assuntos e ninguém lhes passa uma urtiga na boca? Por que “religiosos” (?) podem dizer o que bem entendem contra gays ou mulheres e nada lhes acontece? Ah, está na Bíblia, a mulher gerou o pecado e “efeminados” não entrarão no reino do céu… Quem disse isso? Safados do inferno!

Falta dizer 

Graças ao apoio de pessoas como você, estreei sexta-feira na Rede Massa de TV, de Curitiba. Fazendo comentários no SBT-PR, o telejornal da noite. Novo desafio, agora em dois Estados, lá e cá… Obrigadão.

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.