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Nas escolas não se pode abrir mão do zero nas avaliações

Por: Luiz Carlos Prates

10/11/2017 - 13:11 - Atualizada em: 14/05/2018 - 14:49

Vou fazer uma aposta com você e aposto que vou perder… Queres ver? Aposto que você já ouviu a expressão: – “Ah, ele (ou ela) é um zero à esquerda”! Já ouviu, não ouviu? Tinha certeza!

Mas os que vem a ser mesmo um “zero à esquerda”? Costumamos dizer que o “zero à esquerda” não agrega valor nenhum ao que vem depois, um zero à esquerda é menos que zero. Cruzes! E dizemos isso de uma pessoa? Dizemos, dizemos isso de alguém todos os dias.

Venho a este assunto “estranho” porque alguns otários são contra o “zero” nos vestibulares e mais ainda na Redação. Agora veja, tudo na vida vai do zero ao infinito. Todavia, nas provas, nos testes, nas avaliações humanas, as notas circulam do zero ao 10. Se para não ferirmos alguém evitarmos o zero que a pessoa merece, ela não vai ser sacudida como deve. O zero é parte da vida.

Nesses asquerosos programas com “falsos” cantores e bailarinos na televisão, jurado que der menos que 9,9 é levado ao fogo do inferno… Falsos. Ou as notas vão de zero a 10 para todos e incondicionalmente ou nada feito. Caos total.

E nas escolas não se pode abrir mão do zero em razão de alguns parvos dizerem que o zero traumatiza. O que traumatiza é a vadiagem, a falta de pulso dos pais, o descontrole na educação, a falta de respeito generalizada que anda por aí. Jovens vadios, a maioria, andam cheios de razão, podem tudo e ai de quem os critique. Um vagabundo assassino – irrecuperável – mata colegas de aula e ninguém lhe mostra a cara na televisão, a lei não deixa… Rasgue-se a lei quando ela for espúria, dizia Rui Barbosa.

Ou o zero volta com tudo para as salas de aula, para as avaliações de toda sorte, ou melhor é não fazer mais avaliações. Aliás, houve um tempo em que boçais da (des) Educação brasileira substituíram as notas escolares, aquelas de zero a 10, por conceitos A,B,C… Sim, mas que nota tirou um vagabundo com conceito C? Hein? É por isso que não saímos do atoleiro, muita gente vive poupando o couro dos vadios, dos que “zeram” em provas. Ou o zero volta com tudo ou vai ficar pior ainda esse desaforo social em que vivemos. Ponto. Só o que faltava!

Pobrezinhos

Existem óculos de proteção solar, eu queria óculos para não ver gente estúpida com seus pobres cãezinhos, ditos de estimação. Todos os dias vejo em Florianópolis alguém levando seu cãozinho para passear. Coitadinhos. Andam puxados por trelas de não mais que um metro, não podem parar para cheirar um arbusto, não podem levar mais que 5 segundos para fazer cocozinho, não pode ciscar numa grama, nada. O que vale é o que a imbecil quer: ela caminhar. “Tadinhos” dos bichinhos.

Viagem

Vi uma publicidade de um banco no site do UOL e fiquei tiririca da vida. Ficar tiririca da vida é ficar muito irado. A tal publicidade dizia assim: – “Viajar com grana apertada é difícil mas não impossível” – veja as dicas… Ah, espere um pouco! Viajar com grana apertada só se for para socorrer a um parente doente, fora disso, é ficar em casa, pobretão, pobretona. Vai estudar, crescer, te qualificar, ganhar bem e depois… depois poderás viajar. Até então, fica em casa.

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.