Recadinho para os homens: “Feche as pernas”

Por: Luiz Carlos Prates

23/06/2017 - 09:06 - Atualizada em: 23/06/2017 - 10:09

Já usei aqui várias e incontáveis vezes de uma frase que tanto pode ser um resumo psicanalítico quanto um texto religioso. De um modo ou de outro, a frase resume o ser humano, isto é, a todos nós. A preciosa frase diz que – nos revelamos por todos os poros. Dito de outro modo, ninguém consegue esconder ou disfarçar quem verdadeiramente é… Nos revelamos por todos os poros.

Essa frase tem uma irmã gêmea: Fala, se queres que te conheça. Não escapamos. E, cá pra nós, graças a Deus. Só cai no abismo do outro os “cegos” e “surdos” da sensibilidade, das percepções… Vim até aqui, e já fui longe na introdução do assunto, para dizer que os espanhóis, da Espanha (sim, porque pode haver espanhóis de outros lugares) estão com uma campanha de Educação de Homens que é uma peça preciosa… a revelar que grossura, estupidez, não tem fronteiras, está em todos os lugares.

Você já sabe da campanha? Ainda não? Muito simples: “Feche as pernas”. Não, não tem nada de imoral, nada de sexual, afinal, podia-se pensar assim… A campanha visa a chamar a atenção dos homens que viajam de ônibus, trens, transportes públicos em geral. Claro que você já matou a charada.

Os homens, vagabundos, maioria absoluta, sentam-se e esgarçam as pernas nos ônibus, nos aviões, em todos os lugares, pensam que o banco é só dele, que o ônibus é deles, enfim. E a pessoa que viaja ao lado, mulheres, geralmente constrangidas, têm que ficar “murchas” ao lado deles, afinal, eles tomam contam dos bancos. Tem cabimento os governos municipais precisarem desse tipo de campanha? Tem, com essa gentalha que anda por aí, tem.

E não fique alguém pensando que por aqui é diferente, é tão ou pior que na Espanha. Aliás, na Inglaterra a campanha também ganhou espaço. Se dependesse de mim, a campanha teria outro nome: “Fecha as pernas, vagabundo”. Seria assim.

E esta campanha bem que pode ser iniciada “agora” no Brasil, aqui na cidade, com os pais educando os guris, os piás sem educação, a se comportarem como gente quando sentados ao lado de alguém. Agora, tem uma coisa: Mulher que é Mulher bem que pode – sem qualquer campanha – constranger os vagabundos. Ele entrou no ônibus, sentou, e abriu as pernas como no galpão, ah, vai me desculpar: – Quer fechar as pernas? Obrigada. Ou nem isso. O ordinário/joaninha tem que aprender. E aí em casa, os guris já foram ensinados? Que bom.

Ela
Uma colega jornalista dia destes me fez subir o Everest do entusiasmo por ela… Pois não é que ela, jovem, tinha com ela um livro de português? Um livro sobre os erros mais comuns na língua portuguesa. Foi a primeira/o colega que encontrei com um tal tipo de livro. Ah, vai chover, que vai, vai…

Falta dizer
Se você ouvir falar em “reestruturação” aí pelos corredores da empresa onde trabalha, abra o olho… Reestruturação é eufemismo inventado para “demissões”… Reestruturação nunca é “contratações” e menos ainda aumento de salário. Cuidado na escada…