Há crimes imperdoáveis – Leia a coluna do Prates desta segunda-feira (3)

Foto Divulgação

Por: Luiz Carlos Prates

03/02/2020 - 06:02 - Atualizada em: 31/01/2020 - 17:53

A história foi bizarra, o mundo a ficou conhecendo. Antes de relembrar a história, que fique claro, qualquer um pode perdoar o que bem entender na vida, vai depender da postura ética da pessoa diante dela mesma, dos seus valores e educação.

Agora, que não se discuta, há crimes imperdoáveis sim. Os hipócritas dizem que não, que tudo é perdoável, só que quando o crime é contra eles… Bah!

Já disse aqui que quem cala consente, ditado tão antigo quanto Adão e Eva no inventado paraíso… Os frouxos da vida são os que mais dizem perdoar os imperdoáveis. Vamos ao fato bizarro.

Em Guayaquil, no Equador, dia destes, um sujeito foi ao futebol com a namorada, você sabe da história. Nada de novo. Lá estava ele, bem-vestido, sentado na arquibancada e bem agarradinho, trocando beijos com a amada.

Um cinegrafista de uma TV, correndo a câmera pelas arquibancadas, deu com o casal de pombinhos aos beijos, apontou a câmera e fez um zoom… Deixo-os bem grandes no telão do estádio e nas TVs de todo o país. Só que…

O casal não era casal, eram amantes, o sujeito era casado e a mulher dele viu as imagens em casa, na TV, ela e toda a vizinhança.

Como é que o “traíra” safado podia imaginar esse gol contra? Essa reportagem foi mostrada aqui no Brasil numa matéria sobre traições. E todos os casos citados e ilustrados envolviam famosas traídas por seus parceiros. Só elas.

Por que só elas? Porque a sociedade hipócrita aceita a traição do homem. A traição da mulher não pode ser perdoada, os maridos viram cornos públicos… E vai continuar assim enquanto as “santinhas” calarem, consentirem.

Ou igual para igual ou que cada um faça o que bem entender, sem freios nem punições ou perdões. Só que o traíra, esse equatoriano, virou “macho” no Equador, admirado por multidões… Eu só gostaria de saber como a esposa dele reagiu.

Será que o perdoou? Perdoando, será mais uma idiota a calar e consentir. – Ah, e ouvido por repórteres, o traíra pediu perdão à esposa, mas acrescentou: – “Eu vou defender a minha honra e o meu orgulho como homem até à morte, e as mulheres que me criticam também já traíram…”.

Orgulho de homem, traindo? Honra? Mas ele não está só, a maioria dos homens é como ele e está com ele… Safados, precisam de uns vapts…

Culpas

Quando cometemos um reconhecido erro, temos diante de nós dois tribunais: ou o da sociedade “externa” ou do tribunal togado da nossa consciência.

O sentimento de culpa não vai ficar impune, ou pagamos para a sociedade ou vamos pagar para nós mesmos com ações inconscientes de punição ou mesmo de destruição. Acharemos meios de nos punirmos duramente, que bela graça da vida… Ainda bem que temos esse “tribunal” moral dentro de nós.

Escape

Não, não há escape quando fazemos algo errado e sabemos disso. A Lei Natural nos lembra do certo e do errado o tempo todo. E o sentimento de culpa pelo erro destrói muito da vida do “infrator”, mas tudo de modo inconsciente. O sujeito se vai jogar no abismo da culpa/pagamento sem se dar conta. Vai ficar tudo parecendo coincidência ou acaso. Ninguém escapa. Que bom!

Falta dizer

Manchete: – “Mortes de ciclistas crescem 64% em um ano na cidade de São Paulo”. Aqui também. Pai e mãe têm que ter chulé na cabeça para deixar um filho ou filha menor de idade andar por aí trepado/a numa bicicleta. Na verdade, esses pais, inconscientemente, não gostam dos filhos. Freud explica… Bah!

 

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