De fato, cada um vê o que bem entende, aliás, não é por outra razão que no curso de Psicologia se estuda uma disciplina chamada de “O Mundo dos Diferentes Percebedores”. Você mostra uma caneta para várias pessoas, todas veem uma caneta, mas… Veem a caneta de modo muito pessoal, ainda que a descrevam por palavras quase iguais. A percepção, o viver interior, difere de pessoa para pessoa. E também já foi dito que uma mãe de três filhos é três mães diferentes, cada filho tem a “sua mãe”, um modo especial de ver a mãe… Chega, vamos ao fato.
Volta e meia o governo ou uma empresa qualquer precisa mudar, alterar a mensagem de uma de suas publicidades ou campanhas.
O povinho interpreta mal a mensagem, e isso acabou de acontecer com uma magnífica campanha do Ministério dos Transportes.
Você deve ter visto na televisão aquela campanha/mensagem que trazia por título “Gente boa também mata”. Ideia maravilhosa, afinal, nos faz ver que um pessoa costumeiramente bem aceita no convívio social, pode, de um momento para outro, matar… Matar no trânsito, cometer um crime hediondo, tudo por estupidez de um momento irracional.
E para ilustrar a mensagem apareciam pessoas que salvam bichos dos maus-tratos, que salvam vidas em cirurgias, que ajudam os pobres em dificuldades, gente, enfim, bem acima da média comum… Mas essas pessoas também matam, podem matar, enfatizava a campanha do Ministério dos Transportes. A mensagem visa a conscientizar as pessoas de que ninguém está livre de um crime bárbaro quando está ao volante de um carro. E quem não sabe disso? Todos sabemos, ocorre que colocar imagens de pessoas “boas” na televisão e dizer que elas também matam ou podem matar, ah, isso fere suscetibilidades de pessoas hipócritas.
Quantos plaboys malditos fazem racha, quantos “doutores” da lei bebem, surram suas mulheres, se drogam e saem por aí dirigindo? Quantos? E são gente boa? Aparentemente sim. Mas essa gente também mata, mata no trânsito, de onde saem impunes por seus crimes.
Era só isso o que a campanha queria e quer dizer, nada mais. Mas os estúpidos se viram atingidos, e reagiram. Hipócritas, vestiram direitinho a carapuça que foi jogada para cima. Deixem a campanha no ar, não se atrevam a retirá-la, safados!
Pesquisa
A pesquisa atualizada que acabei de ver/ouvir na televisão dizia que os jovens estão ficando no mínimo três horas diárias no celular ou computador. A meu juízo/observações é muito mais que três horas, então, vou dar uma sugestão, outra vez. Desça.
Falta dizer
Santo Deus, rapaz, garota, deixe de ser bronco, otária, pegue metade desse tempo perdido com bobagens no celular ou no computador e vá estudar alguma coisa, qualquer coisa. Vão se tornar excelência nessa coisa e ter poder sobre os outros. O resto é imaturidade doente.