Fim dos tempos – Leia a coluna do Prates desta sexta-feira (7)

Foto Divulgação

Por: Luiz Carlos Prates

07/08/2020 - 06:08

Cresci ouvindo dizer que um dia chegaria o Juízo Final, o acerto de contas de vivos e mortos. Baita lorota, o juízo final de cada um é o dia de sua morte, é o fim, acabou. Mas não era assim a história que me contavam, contavam terrores para doutrinar, condicionar, aprisionar, fazer sofrer… Passou?

Passou nada, aquilo que jogam na cabeça das crianças vai ficar para sempre, inobstante essa criança crescer, pensar, inferir e concluir: tudo bobagem.

Todavia, lá no fundinho do subconsciente fica o martelinho batendo: será, será? Pensando bem, nem sei por que dei estas voltas.

O assunto vem da tela do computador, liguei-o e fui para um site de jornalismo, UOL. Leio daqui, leio dali e lá pelas tantas, no “Entretê”, sobre atores, atrizes, “famosos”, enfim, uma dessas figurinhas manjadas, sem talento, fez manchete: “Fulana fala de suas intimidades”.

Agora é assim, a pessoa não tem o que dizer ou fazer, sente-se um nada, mas quer figurar, quer manchetes. E o que dizer ou fazer para chamar atenção? Tirar a roupa ou contar de suas “intimidades”.

Não vamos longe, dia destes, uma dessas, que quando jovem foi famosinha, falou, com segurança e conhecimentos (imaginários, penso…) sobre sexo anal. Agora é assim, já disse.

Mas ao meio de toda essa pandemia de imoralidades, achei uma frase interessante, talvez ela bem se ajuste ao que anda por aí em maioria. A frase diz assim: – “Seja gentil, pois cada pessoa que você encontra está travando uma grande batalha”. Interessante.

Não creio que você esteja travando qualquer grande batalha, leitora. Não creio. Eu estou… Esse é o diacho, nossas batalhas, vale dizer, nossas encrencas emocionais, não raro, bem escondidas, são as nossas batalhas.

E quando estamos em batalha ou sucumbimos à depressão, ou procuramos vencê-la. A grande questão é como vencê-la? Dessa incerteza, desse caminho onde raramente vemos boa saída, resultam nossos comportamentos compensatórios ou agressivos.

Chamar atenção é um modo de ser “querido”, ser notado é ser “querido”, pelo menos é o que pensa o nosso subconsciente trôpego…

Disso resulta que muitos se drogam, outras tiram a roupa, outros dizem bobagens a repercutir na imprensa, outros criam casos estúpidos (qualquer coincidência com exemplos de Brasília, não é mera coincidência) e assim por diante. Fim dos tempos. Mas onde está mesmo a saída?

Tempos

Recebo todos os dias pedidos. – “Prates, faz um comentário, dá um pau…”. Mais das vezes, comentários contra velhos e velhas ignorantes, que não sossegam o facho, que não ficam em casa, que se expõem toscamente em reuniões e aglomerações sem qualquer razão maior.

A família é que tem que pegar pelo braço os indecentes e fazê-los ouvir o que é bom. Safados, querem se impor pela idade.

Ignorância

Hoje, ninguém mais pode dizer que ignora qualquer coisa, que não sabia, que não lhe disseram nada… Desculpas frias.

Hoje, uma criança de três anos já tem celular, sabe bem das coisas, ô, se sabe, daria um baile num velho de 80 anos do século passado.

Então, todos os que hoje se dizem vítimas de qualquer sorte só o são porque querem. A informação está na palma da mão de todos, até de mendigos debaixo da ponte, como já vi.

Falta dizer

Muitíssimas crianças estão dormindo até tarde, já que estão sem aula. Nenhum surpresa, há multidões de pais que lutam para que as aulas comecem às 9h para que os filhos possam “descansar” até mais tarde…

Os mandriões tinham que levantar cedo para estudar em casa, mas entram madrugadas na internet, nas orgias que os pais “iguais” fingem não ver. Ferro…

 

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