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Fazer comparações – Leia a coluna do Prates desta sexta-feira (11)

Por: Luiz Carlos Prates

11/09/2020 - 06:09

Sim e não. Essa é a minha primeira observação sobre o que acabei de ouvir de uma mulher “especial”. Não vou dizer da razão por que a vejo especial… A frase dela, que me empurrou da cadeira, é esta: – “Nunca se compare com ninguém”. A frase é enfática, mas não é bem assim.

A verdade na vida é muito elástica. Não se comparar com ninguém significa não olhar para ninguém, nem para admirar, nem para criticar. E não vejo outro modo de subir na vida sem ter diante dos olhos as referências, boas e más.

Você sabe, leitora, que imitar é implicitamente admirar. Ninguém imita senão a alguém que provocou admiração, inveja até… Queiramos ou não, temos que ter exemplos diante dos olhos.

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De outro modo, como vamos nos avaliar? Claro que essas observações laterais sobre os outros não devem envolver, talvez seja isso o que a tal mulher quis dizer, não devem envolver o corpo físico.

Cada um nasce de um jeito, esse jeito, claro, pode mudar ou de modo natural ou por algum “acidente” de percurso, não é disso que falo ou que penso tenha pretendido dizer a mulher. Temos sim que nos comparar com os outros.

Não há como crescer sem exemplos que nos levem a desejar o mesmo e, mais tarde, a superar esses exemplos.

As notas em sala de aula avaliam a proficiência, o conhecimento dos alunos, sem as notas todos serão iguais. E não são. É preciso que o aluno nota 10 me incomode, me faça ver que sou um atrasado… E por que atrasado? Porque não estudo, ora!

O colega que tira 10 ou me empurra para o exemplo dele ou me faz, por opção estúpida, continuar atrasado. Mas a comparação é saudável.

Temos sim que nos comparar com os outros, o tempo todo, mas insisto, as comparações não devem ser pela forma do nariz, barriga ou qualquer questão que não transite por méritos ou dignidades.

Invejar alguém, me comparar a alguém que fala fluentemente a língua grega tendo a pessoa nascido ali na esquina pode me provocar a buscar a mesma fluência. E da comparação vem o meu crescimento, vale para tudo.

Parado, achando que sou o tal, não vou passar de uma bisca. Comparações, sempre.

Cuidados

A crise está gerando muitos desempregos e… as empresas estão “descobrindo” que podem produzir o mesmo com menos funcionários. Disso sobra o alerta: cuidado.

Não se acomodar achando que é o tal na empresa. O ditame é melhorar cada vez mais, aperfeiçoar-se, não escorregar na escada das éticas e olho vivo o tempo todo.

Ou isso ou mais um número na estatística dos desempregados. Não se ache, é a mensagem…

Higiene

Não posso imaginar que depois de tudo por que estamos a passar que ainda haja alguém tão idiota que ouse colocar velinhas sobre bolos para crianças sujas assoprar. E adultos pior ainda…

Assoprar velinhas significa jogar perdigotos imundos e todas as demais sujeiras da boca sobre um bolo que muitos vão comer. Limpeza e consciência fazem bem à saúde. Atoleimados.

Falta dizer

Quem estiver atrás de um balcão ou batendo de porta em porta para vender, é bom lembrar que certas virtudes estão fora de moda, trazê-las de volta é sabedoria.

Exemplos? Dizer obrigada, volte sempre, não se incomode, por favor, por gentileza, até amanhã, boa tarde, boa noite, desculpe, pequenas e esquecidas mesuras podem fazer a pessoa brilhar. É “experimentar” e sair para os abraços. Vale (e muito) para os casais…

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.