Elas na escada

Por: Luiz Carlos Prates

08/01/2016 - 13:01

Elas quem, e que escada? Elas, as mulheres; e a escada é a escada das hierarquias na vida, homens na frente e mulheres lá atrás, bem lá atrás… Calma, leitora, segure-se, a ideia não é minha, pelo contrário, tenho lutado feroz e inutilmente nos últimos anos para conscientizar os pais a que eduquem “por igual” filhos e filhas. Tempo perdido. Perdidíssimo. Os pais não querem saber de “igualar” guris e gurias. Aos guris tudo; às gurias o que sobrar ou então o devido lugar: depois do guri, depois do filho. É assim e não adianta reclamação. Mesmo os pais que dizem discordar, traem-se no cotidiano das ações… Mas não vim até aqui de graça, quero tratar de um assunto que faz quase um mês estava esquecido no fundo da minha bolsa. Bolsa de jornalista, de tudo um pouco e nenhuma ordem, pelo menos a minha bolsa…

O assunto é este, leia o parágrafo que resultou de uma pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas: – “Caso o ritmo recente de queda da desigualdade entre homens e mulheres no Brasil se mantenha, elas vão ganhar o mesmo que eles em 2085. Dos cargos de alta gestão nas empresas – diretoria e conselho – só ocuparão 51% (proporção pela qual respondem na população brasileira) no ano de 2213. Vão atingir essa mesma cota no Senado no ano de 2083 e na Câmara dos Deputados em 2254”…

Por que esse abismo de diferenças nos tempos do homem e da mulher? Por várias razões “culturais”. Antes de tudo, Deus criou o homem, dizem os misóginos avessos à mulher, e só depois, por aborrecimento desse homem, criou a mulher… Tudo diabolicamente inventado pelos misóginos, não os quero chamar aqui do que estou pensando, seria uma palavra terremoto…

Depois dessa invenção dos “bermudas”, alicerçou-se a cultura, isto é, os hábitos dos povos no tempo e no espaço. Meninas passaram a ser tratadas como problema, como menores na confrontação com os meninos, quando na verdade a inteligência da mulher é melhor em todas as artes e ciências, em todas. Tudo comprovado. E essa superioridade da mulher não é aceita pela maioria dos homens, eles reagem e condicionam as mulheres/mães a que assim se comportem na educação das filhas. E as mães são as maiores inimigas de suas filhas mulheres, todas, incondicionalmente, ainda que se escondam sobre falsos amores e igualdades. Freud as desmentiu… Enfim, como esperar uma sociedade de igualdades? Só com a Revolução. Falo dela abaixo…

LEIA A COLUNA COMPLETA NA VERSÃO DIGITAL DO JORNAL O CORREIO DO POVO

 

Notícias no celular

Whatsapp

Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.