Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

Elas e o superego

Por: Luiz Carlos Prates

22/04/2016 - 04:04

Ele é rico, não digo que seja meu amigo, sujeito interessante, mas não posso dizer que esteja na minha agenda regular de amizades. É, isso sim, muito amigo de alguém muito próximo a mim… E esse cidadão me contou dia destes sobre um fato interessante, mas nada que eu não soubesse de há muito. Vamos lá.

O filho desse cidadão fez aniversário e deu uma magnífica festa na mansão da família, mansão, eu disse. Segundo o pai do garotão, dezenas de adolescentes foram à festa, tudo do bom e do melhor. Adolescentes de uma classe boa, dessa classezinha metida, da média para cima…

O pai, esse cidadão de quem falo, contou que para não deixar os adolescentes sozinhos, ficou o tempo todo por perto, mas disfarçando, fumava um charuto agora, outro depois, andava, enfim, no meio dos adolescentes mas de modo quase invisível. Como não é otário, queria ter certeza de que não fariam bobagens, não passariam do ponto. As garotas passaram. Como? As garotas passaram, não os rapazotes.

O cidadão me contou que não imaginava que as garotas bebessem tanto. Bebem, beberam, mais que os guris, muito mais. Foi um fiasco. O que deu de guria indo vomitar no banheiro… Mas o cidadão observou que as gurias são muito solidárias, amparavam muito bem as “bêbadas”, as que eu chamo de ordinárias baratas, para não chamá-las do que estou pensando.

Uma guria dessas faz “qualquer coisa” atrás da moita, num carro, em qualquer lugar fora da visão de algum intrometido. – Ah, mas não é assim, elas bebem para ficar leves, alegres, só isso! – Ah, é? E por que não ficam leves e alegres bem compostas, lendo livros, por exemplo, e não andando por aí bebendo e daqui a pouco consumindo coisa pior? É muito ingênuo o papai que não vê nada de risco ou perigo ou safadeza na “filhinha” que anda por aí à noite sem que saiba exatamente com quem e o que fazendo, muito ingênuo. Ingênuo ou perdeu a rédea? Claro que é isso, de há muito as filhas e os filhos soltaram-se das rédeas dos limites, das disciplinas, regra absolutamente geral. Gostaria de conhecer exceções, ah, se gostaria.

E por que elas estão bebendo e se atirando mais que os garotos? Para liberar o superego (a instância moral da mente) e dizer “sim” sem qualquer trava e sentimento de culpa… Fui claro? Mais claro que isso só com o delegado, mais tarde… Ou com a parteira.

LEIA A COLUNA COMPLETA NA VERSÃO DIGITAL DO JORNAL O CORREIO DO POVO

Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.