Saí há pouco para caminhar. Junto comigo uma mulher irresistível, dificilmente saio sem ela. O que ela diz muitas vezes me faz parar de caminhar. Quase todos os dias é a mesma coisa. Ah, preciso apresentar a diva. Ela se chama Louise Hay, palestrante americana, uma verdadeira terapeuta emocional. Levo-a comigo sempre que saio a caminhar, ela vai nos meus fones de ouvido. Louise passou por tudo de ruim na vida, até pelo câncer, quase no final de sua vida, perto dos 100 anos. Ontem, Louise falava de uma milenar verdade da Psicologia. Louise enfatizava o incontestável, algo desnorteante para muitos: todas as nossas doenças começam na cabeça, nos pensamentos, nos julgamentos, nos juízos de valor, nos medos, nos rancores, POR aí... Esses pensamentos, ou sentimentos, quando se estendem por longo tempo, nos disturbam as cargas hormonais na corrente sanguínea, vão minando a resistência de um órgão ou de outro, vão nos desiquilibrando por dentro. Alguém pode dizer, ah, mas eu fiquei doente porque comi muito do que não devia, não foi por meus pensamentos ou sentimentos. E por que alguém come do que sabe que não lhe vai fazer bem? É uma teimosia assentada sobre a ignorância. Vale para tudo. – Ah, eu não dou pra nada, sou um fracasso! Dizer isso é um assentamento para a infelicidade. Todo pensamento, bom ou mau, produz um resultado em nossa vida. E como, por maioria e baixa autoestima, pensamos muito mais nos ruins da vida que nos bons, o corpo trata de nos realizar o disfarçado desejo. Ninguém escapa. Já foi dito que certa doença (impronunciável para muitos) é a doença dos infelizes. Discordo, penso que todas as doenças são doenças dos infelizes, de um modo ou de outro, ninguém escapa. Se alguém andasse na contramão dessa verdade humana, esse alguém teria descoberto o segredo da plena saúde e da imortalidade. Nossos medos e azedumes existenciais vêm do período de molde, aquele que vai do nascimento até aos cinco anos, tempo em que não nos podemos defender das palavras e das ações dos que nos cercam e “deviam” educar, mas nos “moldaram”. Somos, com certeza, os nossos pensamentos, para a saúde e para as doenças. Louise, beijo!
VISITAS
A melhor visita que recebemos em nossa casa é aquela que levanta para ir embora antes de pensarmos nisso. Um diacho ficarmos dissimuladamente olhando para o relógio e as visitas nem se coçando para ir embora. Agora, cuidado, nós também somos eventualmente visitas em casa alheia. Visita boa é aquela que vale a pena e que também levanta, pega a bolsa e se dispõe a ir embora quando, sinceramente, dizemos: - Ah, é cedo ainda! Raras essas visitas.
BURROS
Sim, burros os brasileiros que batem asas, sem ter “asas”, e vão para a Europa buscar uma vida melhor. Mal sabem assinar o nome, mas se metem a “galos”, pobres pintinhos financeiros... Um quarto em casa de família, em Portugal, o sujeito não aluga por menos de 3.300, 00 em dinheiro brasileiro. Uma quitinete não sai por menos de 7.000,00. Tudo pago antes, sem choro nem vela. Depois, os levianos querem ajuda para voltar. Que a Embaixada diga não. Fugitivos!
FALTA DIZER
Seguido ouço uma frase falsa: - “Ah, como as coisas mudaram”! Mudaram na ciência, na tecnologia, mas nada mudou nos humanos. Continuamos amando, odiando, invejando, desejando, buscando ter mais, enganando sempre que possível, mandando longe a quem nos agrada, tentando, enfim, tapar o sol com a peneira das trapaças. Continuamos os mesmos. Só mudamos no... Para pior.