Ela e elas – leia a coluna do Prates desta terça-feira (13)

Foto Divulgação

Por: Luiz Carlos Prates

13/10/2020 - 06:10

Ela não deve ter mais de 40 anos. Se ela me ouve dizer isso talvez me mande longe. Mas é isso, não deve ter mais de 40 anos. Linda, para o meu gosto. Paulistana, foi modelo por muitos anos, morou nos Estados Unidos, aquelas coisas. Não, não lhe digo o nome.

Hoje, mesmo quando você elogia não falta um estúpido para interpretar errado, aliás, é o que mais anda por aí… Mas como disse, a mulher é a tal, repito, para o meu gosto. Mas até aqui, nada.

O que importa é o que ela disse numa entrevista de televisão. Disse que “Somos educadas (as mulheres) para encontrar imperfeições”. Mas você cai do galho se pensar que as imperfeições de que ela fala são imperfeições éticas, de ordem moral.

Nada disso, companheira, as imperfeições que elas devem viver procurando são no corpo físico. É preciso que estejam (as mulheres) sempre sobre os saltos da beleza. Ai da mulher que se descuide.

A modelo contou que cresceu ouvindo essa estupidez, que tinha que encontrar todos os dias algo de imperfeito com ela e corrigir. Insisto, algo de imperfeito no corpo.

O diacho, leitora, e é por isso que estou aqui, é que não há nada de novo no que a moça disse, nada. As mulheres, mesmo as menos informadas e lá do meio do mato, vivem se olhando nas águas de Narciso a procura de imperfeições, afinal, os mimimis da mamãe só querem as “lindas”. Fanados!

E aqui entra parte do que costumo chamar de Revolução Cultural, a revolução dos costumes, das nossas ações diárias. Aquela velha história, o velho babaca, o avô, dizendo às netas que tal coisa não fica bem para meninas. E para o machinho impotente, o neto, vale?

Enquanto as mulheres não se unirem e não lutarem pelas mesmas causas, causas do respeito e da dignidade delas, nunca vão viver em paz e numa sociedade igualitária. Aliás, sociedade dos iguais, uma defesa de muitos, sem mesmo que saibam definir que proposta é essa.

Agarram-se a preconceitos de superfície e não mergulham no mar das amplas verdades. Fora desse tumulto, seria muito interessante se ao sairmos da cama pela manhã nos propuséssemos a eliminar a cada dia uma das nossas imperfeições, espirrar sem lenço, por exemplo…

Já seria um baita passo. Que perda de tempo, não é, leitora?

Rugas

Você já cruzou os olhos pela conversa aí de cima? Então, ficará melhor para entender.

A modelo brasileira que cedo ergueu a voz contra as exigências feitas às mulheres, contou que aos 17 anos fez publicidade de cosméticos contra rugas no rosto das mulheres. 17 anos ela tinha…

E por que mulheres não podem ter rugas e os homens podem ser o langanho que for que elas fazem filas para eles? Só elas podem responder.

Horror

Dos meus arquivos, 1998… Não mudou nada. Jornal de São Paulo – “Adolescentes “furam” cerco da prevenção”. Da prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Um horror. Uma jovem, 16 anos, descarada, disse que quando está bêbada nunca pede camisinha…

Ela e quase todas que andam por aí hoje, os caras não querem camisinha e elas não discutem. Coitadas, não sabem que quem manda no sexo são elas, as mulheres.

Falta dizer

Psiu, jovem mulher, a conversa é contigo. Não te assanhes a casar sem antes ter uma carreira profissional definida e ganhos próprios assegurados.

Entrar hoje num casamento com a dependência de um chinfrim qualquer é assinar documento com o capeta, vai haver problemas, encrencas sérias.

Com independência, escreveu não leu, você cai fora. Não esqueças.

 

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