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Ela, antes e depois

Por: Luiz Carlos Prates

24/05/2018 - 09:05 - Atualizada em: 24/05/2018 - 09:27

Lá vem o Prates com suas histórias… Não, não venho com histórias, venho com fatos. Fatos que parecem histórias. O fato, ou história, mais recente testemunhei-o ontem. Foi assim, liguei a tevê e fui andando pelos canais. Lá pelas tantas, dei de cara com uma jovem mulher, bonita para o meu gosto, aliás, eu já a tinha encontrado outras vezes. Ela apresenta um programa onde você responde a um jogo eletrônico e pode ganhar um bom dinheiro. Tão difícil ganhar esse dinheiro quanto encontrar um dinossauro na missa das oito… Vamos lá.

A garota lá estava fazendo a parte dela. Gesticulava e incentivava as pessoas a fazer uma ligação telefônica e a concorrer ao prêmio. Em dado momento, ela disse que “Você tem que arriscar, tem que ousar, tem que aproveitar as oportunidades, as boas oportunidades não nos batem à porta duas vezes, não deixe passar esta oportunidade de ganhar um bom dinheiro…” E assim ela falava. Até que… Contou de uma irmã dela que mora… (fora do Brasil…) e que está namorando um jovem judeu, muito rico. Mas surgiu um problema, o namorado quer que ela, ao casar, adote o judaísmo, torne-se judia. Judaísmo, você sabe, é religião. E segundo a apresentadora, a irmã está batendo o pé, não quer saber de se tornar judia ao casar. E a apresentadora foi adiante. Disse que a irmã está sendo tonta, que está perdendo uma grande oportunidade… Oportunidade? Em que sentido? E a jovem e bonita (para o meu gosto) apresentadora disse que “E eu aqui, louca para encontrar um bofe rico para casar…”. Vou acreditar que ela estava brincando, não podia estar falando sério.

Mas já me disseram que não, que ela devia mesmo estar falando sério, que é bem isso, há muitas mulheres dando a volta nos quarteirões a procura ou espera de “um bofe rico” para casar… Não acredito, deve ser brincadeira delas. Nem vou dizer o que penso se admitir que é verdade, que pode haver mulheres com essa disposição… Nem vou dizer o que penso.

Fiquei uns 40 minutos nesse canal, vendo esse “game” na TV, depois desliguei e cocei o queixo: Será? Será?… E fui achar o que fazer mudado: a garota que achava tão bonita ficou tão feinha, tão feinha… Tudo porque ela falou e se revelou; de fato, fala, se queres que te conheça…

Espertos

Os espertos aproveitam todos os treinamentos que a empresa oferece aos funcionários. Os espertos sabem que treinamento é aprendizado, enriquecimento da mente e da qualidade profissional e que isso fica com a pessoa, fica para sempre. E se hoje o sujeito está “aqui, amanhã poderá estar “lá”, e o que foi um dia aprendido estará hoje e sempre na cabeça da pessoa. Os espertos sabem disso, os estúpidos bocejam nos treinamentos ou inventam desculpas para cair fora. Um dia vão chorar… no olho da rua.

Memória

É bom não esquecer que muitas das nossas “necessidades” não são necessidades, são desejos. A maior riqueza de que podemos gozar é nos satisfazer com pouco, posto que nademos em dinheiro, não importa. Quando nossa cabeça anda em paz, satisfeita, o que eventualmente nos possa fazer falta não faz falta… E só pensar. Aliás, nem precisa pensar, uma cabeça em paz, satisfeita, vive quase que só com o ar que respira. Felicidade de bem poucos.

Falta dizer

Muitos batem o pé contra as elites, vociferam mesmo, mas… Não se dão conta de que elas também podem ser da elite. Sim, das elites do trabalho, do trabalho bem-feito. Será que alguém está proibido de pertencer a essa elite?

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.