É melhor ser um “informal” do que um carteira assinada – Leia a coluna do Prates deste sábado (8)

Foto Divulgação

Por: Luiz Carlos Prates

08/02/2020 - 07:02

O ditado é velho – “Nem tudo que parece é”! Fico pasmado (é pasmado o correto, pasmo está errado) com a inteligência dos povos.

Ditados resumem formidáveis verdades da filosofia ou de qualquer “ciência” embalada em linguagem rebuscada. Falando nisso, lembro-me de uma advertência que faz sentido:

Se você é do primeiro ano de qualquer faculdade, cuidado ao ir a congressos de “doutores”, de colegas já formados, eles costumam usar de uma linguagem ininteligível para a maioria, eles se estufam, querem enganar os desavisados com sua falsa erudição, erudição fantasiada em linguagem enfeitada de “doutorado”. Bregas idiotas. O que podiam dizer em A+B dizem em X-Z…

Agora, vamos à nossa conversa. Nem tudo que parece é… Concordas? Tenho um amigo muito feliz, está empregado, carteira assinada, tem seu salário…

Parece boa notícia, não lhe parece? Pois é, mas o tal amigo ganha salário mínimo. Nem tudo que parece é… Já outro amigo está desempregado há muitos meses, contudo… Vai muito bem, obrigado!

Iniciou um negócio próprio e está ganhando muito mais do que ganhava quando empregado e com carteira assinada. Carteira assinada e nada é o mesmo para muita gente, vivem enroscados, sem ter onde cair mortos, mas estão empregados e com carteira assinada.

O que me trouxe até aqui nesta conversa, leitora, leitor, veio de uma manchete que acabei de ler – “Desemprego cai para 11%, informais são 41% dos ocupados hoje no Brasil”. E eu digo, graças ao deus deles! É muito melhor ser um “informal” na vida ganhando bem que um “carteira-assinada” ganhando merrecas…

Há muito preconceito entre nós diante dos que saem para a luta pessoal no trabalho. Muitos, é verdade, saem gemendo, mas a vida os empurra a uma iniciativa que, não raro, os faz, mais tarde, suspirar de prazer: – Pois não é que deu certo?

Sempre vai dar certo quando saímos das fantasias sem ações e entramos na realidade das sementes do bom suor, do lutar por nós mesmos, semear, crer e colher. Sempre vai dar certo. Mas vá dizer isso para as hordas que andam esfregando as mãos por uma carteira-assinada, posto que com rendimentos minguados e deslavadas explorações. Temos que perder o “pudor” de trabalhar por nós e para nós. Viver.

Elas

Vou me repetir sim… Coisas que me incomodam pela indecência. Falo de “religiosos” na TV, padres, mais das vezes, dançando e cantando, cantando músicas bem “românticas”, daquelas de motel… E ninguém reage?

E por que não existe uma única e miserável freira fazendo o mesmo? Elas fariam bem melhor e não estariam pecando, pois não? Entendo, as beatas telespectadoras acabariam com elas, sei bem das beatas “santinhas”… Nojo!

Eles

Eles quem? Os pobres bichinhos indefesos. Ouça esta manchete: – “Temporada de abandono de cães e gatos”. A reportagem do jornal gaúcho diz que é um horror o que “famílias” gaúchas fazem nesta temporada de sair de casa, muitos para chatear em Santa Catarina… Simplesmente jogam na rua seus até então “amados” bichinhos, não os tendo com quem deixar. Desejo o pior para essa gentalha e a todos os daqui que fazem por igual.

Falta dizer

Li há pouco no livro da Oprah Winfrey – “O Que Eu Sei De Verdade”: – “O sentido da vida é se transformar na pessoa que você nasceu para ser, crescer o que for necessário”. Concordo, mas… As multidões que andam por aí não têm a mínima ideia do que vieram fazer na vida. Quase 90% dos universitários não sabem o porquê estão em sala de aula. Perdedores.

 

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