E ele nem aí…

Por: Luiz Carlos Prates

14/01/2016 - 09:01 - Atualizada em: 14/01/2016 - 09:34

O acreditar produz “milagres”, mas por favor risque da sua ideia os “milagres” religiosos, isso não existe. Isso é invenção de gente esperta para ganhar dinheiro em assembleias religiosas, em grupos ou agrupamentos religiosos, religiões, enfim… O que existe são os “milagres” produzidos pela fé, pelo credo da pessoa diante dela mesma, ainda que por ignorância a pessoa pense que o milagre foi produzido por algo de fora, por uma divindade, algo por aí…

Sem fé em si mesmo ninguém vai ser atendido em suas “orações”, ninguém, jamais. É o fogo interior de acreditar que produz “milagres”. Aliás, tudo o que chamamos de milagres são, na verdade, ignorâncias. Muitos dos “milagres” do passado são hoje banalidades dominadas pela ciência e pelos saberes… Os apoucados da mente, seja pela razão que for, não têm ideia, não admitem ter poderes tão especiais capazes de “mover montanhas”… E se não fosse assim, que divindade seria essa que ajudaria a alguns e não a outros? Que patifaria seria essa de parte da divindade?

Vim até aqui para relembrar uma história que os psicólogos conhecem muito bem. É a história de um senhor, já de boa idade, dono de um restaurante. Esse cidadão tinha uma bela freguesia, gente que atravessava a cidade para deliciar-se no seu restaurante. Um sucesso.

Mas ao meio desse sucesso todo havia uma séria crise econômica, política e moral no país desse senhor, o dono do restaurante. E muitos amigos diziam a ele para ir com cuidados, não arriscar, não investir mais, segurar o dinheiro, afinal, havia uma baita crise “lá fora”… E a crise derrubava o comércio, era muita gente fechando as portas. Mas o dono do tal restaurante nem aí, investia pesado.

Passada a crise, os amigos descobriram que ele foi preservado nas dificuldades do mercado, e até mesmo viu seus negócios explodirem, em razão de duas deficiências físicas de que era portador: visão e audição.

Em razão de ter dificuldades visuais, o comerciante não lia jornais, nada sabia da tal crise… E como tinha dificuldades para ouvir, não escutava o conselho dos amigos para ir devagar nos negócios, para deixar passar a crise. Resultado? Ele venceu a crise e continua um sucesso. Isso é “milagre”, o milagre da fé pessoal. O comerciante não sabia que não devia investir e investia. Acreditava nisso. E as “divindades” todas disseram a ele: Amém.

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.