Duas frases, de duas pessoas bem diferentes, ambas as frases, todavia, absolutamente contestáveis.
A primeira frase chegou-me de um diretor ou ex-diretor, não sei, de uma dessas empreiteiras que agora estão nas redes da Polícia Federal. O camarada, enquanto no poder, pintou e bordou, por si mesmo, não sei, ou em nome de alguém. E aqui é que está o nó no pescoço do camarada. Ele disse, em sua defesa, preso que está, que “apenas cumpria ordens”. Só que não, não é, companheiro?
Que conversa é essa de que “eu só cumpria ordens”. Então, quer dizer que um funcionário qualquer, a pedido ou ordem de um superior hierárquico, vai sair por aí cometendo falcatruas de todo tipo só porque está cumprindo ordens? E digo mais. Se um pai mandar um filho fazer alguma coisa que o filho suspeite ser errada, imoral, desonesta mesma, o filho não deve seguir as ordens ou “conselhos” do pai. Só os desonestos fazem uso desse artifício, querem se ver livres da responsabilidade e, “coitadinhos”, delegam missões a terceiros. É como um matador a soldo dizer que só cumpriu ordens. Safados. Venham dizer isso na minha delegacia, vagabundos!
E a outra frase ouvi de uma mulher falando de uma irmã dela, uma coitada que se encantou por um ordinário de “boa” família da cidade. O cara desrespeita a mulher, faz ameaças, já lhe deu um tapa e vive aprontado. Mas a estúpida teima e não se separa dele, vai ver que está esperando pelo tiro, único que vai levar, o definitivo na relação. Só pode ser isso.
E ouvindo essa mulher falar da “coitadinha” da irmã dela, uma “sofredora” nas mãos do safado, ela disse só pode mesmo ser destino: – “Que destino da coitadinha”, disse a mana condoída. E nesse momento, ela me irritou muito.
Destino uma ova! Sem essa de destino para justificar o sofrimento de pessoas que nunca se respeitaram e que mesmo apanhando de um safado covarde continuam se desrespeitando. Destino umas pitangas! E, ademais, até podia haver “destino” mas ninguém é obrigado a aceitar o tal “destino”. Conversa mole, a mulher não quer perder o cara, apanha, submete-se, se humilha e vem com a frase miúda do destino? Vergonha na cara, mulher! Vergonha na cara, mulheres, em situação parecida! Duas frases safadas.
Aposentados
Será que alguma emissora carioca vai transmitir – ou sequer dar o resultado da final do campeonato catarinense? Campeonato de onde?, eles vão perguntar. E darão um bocejo do tamanho dos braços do Cristo Redentor. E idiotas por aqui ainda com camisetas dos times de longe, que falta de laço.
Falta dizer
Na novela Sol Nascente, uma jovenzinha, que nem se limpar sabe, está arrumando as malas para se juntar ao namorado, um cara mais “desenhado” que muro de penitenciária. A família faz bico a esse “casamento” moderno, mas… A avó diz que casamento hoje é como mortadela, prova antes e depois leva… Vó vadia.