Deixar para amanhã – leia a coluna do Prates deste sábado (10)

Foto Divulgação

Por: Luiz Carlos Prates

10/10/2020 - 06:10

Você está nesse time, de deixar para amanhã? Esse time é o maior do mundo, ninguém o supera. – “Ah, pra quê fazê hoje o que posso fazê amanhã”? Não é assim que o povinho fala? Mas é claro que a leitora não está nesse time, aposto.

E já empurrando a porta para entrar no assunto, assunto mais que atual, imperioso, lembro de uma entrevista do Mike Tyson. Você sabe que o Mike foi um pugilista daqueles de derrubar com um sopro as torres da catedral, cruzes!

Perguntado como era o seu dia, Tyson disse que acordava às 4h e já às 5h estava firme nos treinamentos. Diante da resposta, o repórter perguntou se Tyson não estava levantando muito cedo, para que isso?

O pugilista nem piscou: – “Eu levanto numa hora em que sei que os “outros” (os adversários) ainda estão dormindo”! Uma resposta poética, sapientíssima.

Quem deixa para logo mais, acaba não fazendo. Quem deixa para amanhã é porque não quer fazer. E, outra vez, lembro de Geraldo Vandré, um dos nossos guerreiros da década de 60, século passado… – “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”!

Estamos num momento difícil. Aliás, no Brasil todos os momentos são difíceis, desde o momento em que aquelas malditas caravelas do Cabral aqui chegaram, mas este é um momento especial. Quem deixar de procurar emprego hoje, mesmo empregado, vai se dar mal.

Os empregos no Brasil são empreguinhos, quem não souber disso vai dançar uma valsa triste… Quem deixar a poupança para “só quando sobrar um dinheirinho” vai morrer de velho sem nada.

Quem estiver pensando em “amanhã” fazer a matrícula naquele curso de inglês vai acabar no “the book is on the table” da vida…

Vale para quem estiver se prometendo beber menos, comer menos, xingar menos, deixar de chegar costumeiramente atrasado no trabalho ou nos compromissos de todo tipo, deixar, enfim, de ser pessoa estúpida.

– Ai, cara, mas como tu és grosso! Sinto muito, mas não vou deixar para amanhã o que precisa ser dito hoje. E olhe, pensando bem, estou falando comigo mesmo sob muitos aspectos. E quem não estiver nessa que atire a primeira pedra. Vamos que vamos, agora.

Ah, quase esquecia, vamos agora porque pode não haver amanhã. E deve ser horrível chegar ao outro lado e dizer, batendo na testa, bah, como fui burro!

Conversa

Lacaios decidem que eu não posso ter critérios próprios na seleção de pessoal na “minha” empresa… Só o que faltava! Os critérios são meus, da empresa e ponto final.

Ademais, as empresas têm, devem ter, seus critérios de seleção, mas isso fica para os ditames intramuros da empresa, não é preciso alardeá-los. Era só o que faltava, sem eiras nem beiras querendo ditar normas em empresas alheias.

Seleção

Se não houver posturas e rígida seleção, nenhuma instituição sobreviverá. Imagine nas forças armadas valendo de tudo um pouco, o que daria…

Os quartéis virariam escolas de samba sem ordem nem progresso. Seleção rigorosa, sim. Em tudo. Ou os candidatos se ajeitam aos ditames da instituição ou a porta de saída é ali. Quem decide pelo tipo de funcionários é a empresa.

Falta dizer

Num debate de televisão foi dito que o sexo é um poder permanente no casamento. Baita bobagem. O sexo faz parte do casamento, chega a ser um incêndio no começo, mas ao poucos vai entrando nos eixos, sexo não é o casamento.

O casamento tem que ser uma bela amizade, carinhos e companheirismo. Ou divórcio. Sexo incendiado depois de alguns anos? Babacões.

 

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