“Dedos apontados”

Por: Luiz Carlos Prates

12/09/2019 - 07:09 - Atualizada em: 12/09/2019 - 07:50

Dedo apontado para quem? Ora, só pode ser para nós, para cada um de nós. Já vou dizer a que venho.

Já fiz, em empresas, muitas palestras sobre acidentes de trabalho. E quando falo disso não afrouxo a cinta. Pelo contrário, aperto-a bem. Só um instante. Antes preciso dizer que “quase” todos os acidentes que nos ocorrerem na vida, em torno de 98% deles, são “acidentes” causados por nossas desatenções, sejam no trabalho, na vida conjugal, social, no que for. Nós somos os culpados.

No caso dos acidentes de trabalho o que mais costuma acontecer é a empresa reunir os funcionários, dar-lhes um curso de segurança no trabalho, equipamentos como máscaras, óculos, luvas, botas, cintos, de tudo…

Informados sobre os acidentes e dotados do equipamento de segurança, o que sobra? Sobram segurança ou acidentes, acidentes que de fato não podem ser evitados, fatalidades… Fora disso, os culpados são os acidentados.

Mas tem muita gente que não quer admitir isso. Um exemplo? Um sujeito perde um dedo numa máquina. Sabia dos riscos, fora treinado para evitá-los, a máquina não tem culpa de nada, mas… O sujeito perde um dedo. De quem foi a culpa, da máquina ou do sujeito? Ora, bolas!

Vale para tudo na vida. As demissões no trabalho resultam ou da falta de qualificação do funcionário ou de alguma desatenção ou de um “delito” comportamental. Fora disso, só por uma crise na empresa. Vale para os casamentos. Alguém, num divórcio, puxou a corda com mais força, descuidou-se de mesuras de modo

inaceitável, foi grosseiro, estúpida, o que for, de outro modo não se termina uma relação de amor. De amor, eu disse…

E o que dizer das nossas quedas na saúde? Mais das vezes, erros nossos, erros de pensamentos, de visão de vida, erros de inobservâncias na alimentação, nas bebidas, nas drogas, em tudo.

E vale lembrar que não há efeito sem causa, tudo o que acontece resulta de um antecedente que o justifica. – Ah, mas eu não fiz nada de errado no casamento e ela/ele criou caso!

Então, sem outra culpa, sua culpa foi não ter sabido escolher a parceria. E isso é “crime” grave. Vale para tudo. Só há um culpado em tudo que nos acontece no mais das vezes: o culpado está na imagem do espelho do banheiro, é só ir lá e dar uma olhada.

Sumiço

Eles estão sumindo, os engraxates. No passado, meninos se iniciavam no trabalho engraxando sapatos, hoje não há mais clientes. Os homens não usam mais sapatos, usam sandálias, chinelos, botinhas, tênis, de tudo. Uma “pobreza” de espírito invulgar. Esquecem que Homens usam sapatos, sapatos limpos e brilhosos…

Se você duvidar, vá a um shopping, sente-se num canto e veja os passantes. Um horror. Molambos da cabeça aos “pés”. Mas se dizem modernos.

Sexo

Simplesmente não tem explicação, a sífilis está em alta em Santa Catarina. Doença sexualmente transmissível, uma bactéria que pode matar. Ora, na promiscuidade em que muitos vivem, de onde a surpresa? O sexo hoje, e até mesmo na maioria dos

casamentos, deve envolver segurança máxima, camisinha sem dó nem piedade. Você tem razão, como gosto de perder meu tempo, bah! Danem-se.

Falta Dizer

Desejo o pior para esses covardes. Ouça esta manchete: – “África do Sul amplia permissões de caça de rinocerontes ameaçados; fazendas criam animais para caçadores matarem”. Ordinários cruzam oceanos para dar tiros em bichos indefesos e voltarem com “troféus”. O troféu que eu desejo a eles é um tiro pela culatra… A vida lhes vai dar esse “tiro”, covardes!

 

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