Costumamos esquecer o que não nos interessa muito – Leia a coluna do Prates desta quinta-feira (16)

Foto Divulgação

Por: Luiz Carlos Prates

16/04/2020 - 09:04 - Atualizada em: 16/04/2020 - 09:15

Cá para nós, se alguém ainda não sabe o que anda acontecendo lá fora, desistamos com esses tipos. Valem muito pouco, não é interessante perder tempo.

Até porque, de “certas coisas” sabem direitinho, aprenderam sem qualquer professor ou comunicador especial, tiveram interesse em aprender… Então, vamos mudar de assunto.

Até porque, tem o seguinte: os que pararam de investir, seja qual for o tipo de investimento, vão ranger dentes quando o Corona for embora.

Os que não pararam de investir vão estar tão lá na frente que não mais vão ser alcançados. Isso é típico das crises, os frouxos desistem logo, apontam o dedo para a crise e sentam para esperar.

Então, vamos lá, vamos aos investimentos. Passei na banca de jornais, levei tudo o que podia e… Um exemplar da revista Glamour, afinal, é preciso saber sobre o que elas estão falando, sobre o que cogitam…

Na capa da revista, uma pequena chamada para uma reportagem interna: – “Deu Branco – rotina corrida pode afetar sua memória. Saiba como driblar a mente cansada”. Serve para todos nós, só que…

Falei há pouco em investimento. Sobre a memória, já ouvi muitos desatentos, não os quero chamar de ignorantes, dizendo que depois de uma certa idade é difícil aprender inglês, ou mesmo impossível.

Antes de tudo, que fique claro: pequenos esquecimentos fazem parte natural da memória de todos nós, independente da idade. Não havendo uma patologia deflagrada, ninguém esquece do que não quer esquecer.

Costumamos esquecer o que não nos interessa muito, ninguém esquece o dia do próprio aniversário, ninguém esquece do dia do pagamento e por aí vai…

Ah, quase esquecia. O tal “branco” na memória não costuma acontecer com quem tem o que dizer e se garante no dizer, que sabe do valor de sua mensagem.

As vacilações, os brancos, costumam resultar das inseguranças de todo tipo de parte do falante, do orador… Quem tem vontade, quem quer, aprende, aprende o que quer que seja.

A memória cansa, anda devagar quando mais ou menos nos aposentamos na vida, quando pegamos leve com os desafios. Que idade você tem? Oitenta? Bem na hora de começar a estudar francês.

Se disseres que estás muito velho/a podes virar a página… A memória nunca se cansa, nós é que a aposentamos com nossas desculpas de aposentados.

Memória

Você sabe que elogio em boca própria é vitupério. Não me vou elogiar. Vou apenas lembrar que levantei incontáveis vezes nas madrugadas para procurar por uma palavra no dicionário de inglês.

Eu não aguentava passar o resto da noite com a dúvida. Neurose, muitos diziam. Paciência, mas aquelas palavras nunca mais esqueci. A motivação costuma fazer a memória trabalhar e reter…

Cuca

O Título era – “Cuca Fresca”. Fui ler. Quanta bobagem.

A reportagem da revista falava de massagens no couro cabeludo, o uso de determinados óleos, isso e mais aquilo. Desculpe, a cuca só vai ficar fresca se a pessoa mudar o modo de pensar.

Todas as nossas depressões vêm do modo como pensamos, dos nossos valores. O mais é fantasia.

Falta dizer

Diz uma advogada num jornal de São Paulo que – “A maioria dos feminicídios é cometida por maridos e namorados das vítimas, e as motivações mais comuns envolvem controle e sentimentos de posse sobre o corpo da mulher, além de desprezo e ódio por seu sucesso profissional, econômico ou intelectual”.

Quer dizer, feminicídios são cometidos pelos covardes impotentes, inseguro e invejosos. Não podem continuar vivos…

 

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