Chegando perto, ninguém é certo – Leia a coluna do Prates desta sexta-feira (19)

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Por: Luiz Carlos Prates

19/06/2020 - 06:06 - Atualizada em: 24/06/2020 - 15:05

Cresci ouvindo dizer que de perto ninguém é certo, que todos temos um pouco de louco. E você sabe também que não se diz mais louco, louco ofende. Criança mal-educada, por exemplo, sofre de Déficit de Atenção e Hiperatividade…

No passado, se curava essa “doença” com chinelo, outros tempos… Venho a este assunto por uma razão muito especial. É um exemplo desagradável e que vem de cima…

Durante 25 anos vivi no esporte, como narrador. Parei, mudei, mas continuo atento, gosto da psicologia que envolve o esporte e os atletas.

O último a entrar na minha lista “lúgubre” é uma celebridade que olhada de longe é um deus do Olimpo, reencarnado, disfarçado de nadador.

Você matou a charada, o melhor de todos até agora: Michael Phelps, o americano que teve que ir para uma casa maior tantas foram as medalhas de ouro que ele ganhou em Olimpíadas, 37 recordes mundiais.

Em sendo assim, um vencedor olímpico, pressupõe-se, tem uma cabeça especial, afinal, não se chega ao pódio, não se bate recordes, sendo um tipinho vulgar.

Não me vou estender, Michael Phelps diz tudo. Pois o cara, emocionalmente, é uma danação. Phelps, por estes dias, numa entrevista, disse que para louco só lhe falta um segundo nariz… Ué, mas ninguém tem dois narizes! Então não lhe falta nada…

Phelps falou de seus ataques de angústia, depressão, insegurança, medos, tudo de pior; tem ataques frequentes. Pode isso? Claro que pode.

Se soubéssemos dos “comprimidos” de que são dependentes “autoridades” que andam por aí, se os víssemos fechando a porta do quarto, bah, seria um horror à decepção.

O curioso é que muitas vezes, um “sinhozinho” pobre, uma senhora simples que por ela ninguém dá nada, são exemplos de saúde mental, ou quase isso.

Já a classe média que anda por aí e daí para cima, cruzes, saiamos da frente, não é mesmo, leitora? Ou leitor, é claro, não é mesmo?

Como justificar o Phelps, jovem, rico, famoso, nome histórico das Olimpíadas e absolutamente dominado por fragilidades mentais? Esse exemplo consola? Penso que sim, e também nos deve ensinar a parar de invejar pessoas vistas só por fora.

Chegando perto, ninguém é certo… Obrigado, Phelps, me ajudaste a me ver mais de perto…

Mistura

Jovens têm potencial, os mais velhos têm a experiência. Uma empresa só pode crescer se fizer a mistura de jovens com mais velhos.

Não é o que acontece na maioria das empresas. Para que os mais novos possam aprender certos detalhes do trabalho é necessário tempo e a presença dos mais experientes por perto. Certo?

Então, vá dizer isso aos entupidos das administrações. Depois se queixam das crises…

Tempo

Vale para médicos (mais que todos), vale para jornalistas, para advogados, vale para a mãe Joana…

Sociólogos da Universidade da Flórida perguntam: – Quer brilhar muito na vida? A resposta eles mesmos dão: – “Passe então 10 mil horas praticando”.

Pesquisadores de várias áreas chegaram a esse consenso, antes desse “tempinho” é biscate, improviso, riscos para muitos… E nós por aqui?

O cara sai da faculdade e abre uma clínica. Nem com urtiga da brava os pacientes vão escapar. Vale para todos. Prática exige intensidade e ardor.

Falta dizer

O que explica isso? Mais um. Agora foi um famoso intérprete de K-Pop, um ritmo idiota que está na moda lá nos cafundós das Coreias.

O jovem se matou aos 28 anos. Jovem, famoso e rico, suicidou-se. O que está acontecendo? Família frouxa, sem amigos e vida vazia. Um tiro. Mundo moderno.

 

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