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Bebidas e outras drogas não resolvem os problemas – Leia a coluna do Prates desta terça-feira (16)

Por: Luiz Carlos Prates

16/06/2020 - 09:06 - Atualizada em: 16/06/2020 - 09:15

Não sei se por psicólogo ou jornalista, vou ouvindo histórias que me contam em desabafos. Ouço desatinos e desesperos de todo tipo, vindos de gente boa… Vou resumir duas histórias, parecidas. Ouça a primeira.

Tive um colega de rádio, cara qualificado, competente mesmo, mas que vivia enrascado; metia-se em desacertos com chefes e colegas. Ao meio de uma dessas crises, recebeu um formidável convite de trabalho, mas…

Tinha que deixar Porto Alegre e ir para uma cidade do interior. Salário de exceção, casa de graça para morar, uma loteria premiada mesmo. Foi.

Foi, mas em poucos dias caíra em depressão, sentia-se “no mato”. Aos fins de tarde começou a beber pequenas doses de “caninha”, pura, puríssima. Em poucos dias, ao meio-dia já estava ansioso para que chegasse o fim da tarde, hora da “purinha”.

Num dado momento, meu amigo deu-se conta de que estava ficando viciado. Teve um sobressalto, mas cara determinado como era, acabou naquele dia com o vício incipiente.

A pergunta que ele se fez? Porque a purinha? Anestésico para a vida desagradável que ele estava levando. Um formidável erro dos que buscam na bebida ou outras drogas sair de um problema. Não sai, agrava-se o problema, cria-se outro.

Só saímos de um problema com consciência e o sol radioso da força de vontade. Quero o positivo e de cara limpa, pronto, começo a me robustecer e crescer. E aí estará a superação.

Vim até aqui para dizer que não posso admitir a morte de um jovem ator americano, dia destes, não lhe digo o nome, sujeitinho com apenas 16 anos e que morreu por overdose.

Famosinho com apenas 16 anos e viciado, dependente de drogas? Sacrossanto, o que pode justificar isso? Faltou-lhe, aposto, severa educação, educação moral e cívica, faltou-lhe família.

Quando a pessoa tem a cabeça toldada para sentir o ar fresco da vida e o horizonte das liberdades, onde todos os sonhos podem ser realizados e com os pés no chão, de fato, sobram as drogas. Mas drogas não resolvem problemas, os agravam, falecem os ânimos e matam o corpo físico.

Problemas, amiga? Desvista o casacão pesado da negação, desconsidere qualquer droga e “drogue-se” de paz e coragem. Tudo vai dar certo. Psicologia de almanaque de farmácia? Também acho, mas é a única psicologia que funciona e cura.

Receita

Tenho, já disse, uma caixa de sapatos transbordante de frases recortadas de jornal ou anotadas. Destas últimas, peguei esta para este momento: – “Evite sedativos, tranquilize-se com a música”.

Que música, cara-pálida? Essas que o rádio toca? Essas enlouquecem mais, pelos ruídos e pelas letras. A música/remédio é a música orquestrada, “daquelas” que fazem os embrutecidos da vida torcer os bicos. Coitados.

Lixos

Não nos damos conta, mas passamos o dia, todos os dias, com intoxicações de todo tipo.

Cartazes publicitários ridículos, sem arte nem criatividade, em todas as esquinas; pessoas dizendo bobagens, rádios tocando apenas “barulhos”, tevês com programações cada vez mais “populares”, rasteiras, e pessoas só dizendo bobagens, negativismos e mentindo, como o fazem nas redes sociais.

Saída? Talvez numa ilha do Pacífico… Raros ousam ser diferentes para melhor.

Falta dizer

Um caso clínico, ela tem 20 anos, o nome foi omitido. A moça conta de seus sofrimentos na vida sexual e diz que “agora” está tentando usar mais a camisinha, até então o namorado dela ficava furioso com a ideia.

Ora, garota, manda esse estúpido pastar, ele pensa nele, não te respeita. Ah, sei, tu estás com a multidão de outras iguais a ti… Desculpe.

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.