Acabei de descobrir Candy Chang, uma chinesinha natural de Hong Kong, 33 anos, atriz de filmes de televisão e uma figura ricamente criativa, foi duas vezes miss… Linda. Como a descobri? Lendo o formidável livro – “Talvez Você Deva Conversar com Alguém”, da psicoterapeuta americana Lori Gottlied.
Com esse livro você faz psicanálise sem sair de casa. Por que me encantei pela chinesinha Candy Chang? Pela criatividade. Ela um dia passou por uma casa abandonada na cidade em que mora, Nova Orleans, nos Estados Unidos. Em torno dessa casa havia proteções de madeira.
Chang passou, viu aquela “ruina”, foi em casa, pegou uma lata de tinta e voltou. Escreveu bem grande – “Antes de morrer eu…”. E traçou várias linhas, quem por ali passasse podia escrever o que bem entendesse, desejos antes de morrer.
Um sucesso que encantou o pessoal do jornal The New York Times. Frases do tipo – Antes de morrer eu… Queria dizer à minha mãe que a amo. Outros diziam que queriam ter a mulher ou o marido de volta… Um dizia que queria ter um barco antes de morrer, as coisas mais estranhas, loucas, apareceram.
Sucesso tão grande que outras 85 cidades copiaram a ideia da chinesinha. Depois de ler muitas das frases escritas pelos passantes, pelo povo, fiquei pensando. Frases, desejos comuns, bem possíveis de realizar, coisas simples.
E aí vem a questão: por que as pessoas precisam chegar à beira da morte para realizar esses sonhos, mais das vezes, tão pequeninos? Por várias razões, como ver-se pequeno para atingir tal desejo, procrastinar, deixar para um momento melhor, mais adiante…
Medos, inseguranças, vergonha, razões e mais razões, as mesmas que nos entopem, atrasam, infelicitam e, com certeza, vão produzir arrependimentos e soluços no futuro, no futuro antes de morrer.
É mais ou menos como aquela coisa de muitos esperarem pelo carnaval, os três dias de folia, quando bem podiam fazer carnaval todos os dias, dançar, cantar, soltar-se, tudo dentro da decência e da lei, mas… Empacam. Por que não todos os dias um pouquinho?
Os humanos costumam se trancar em muitos de seus desejos, coisas que lhes poderiam ser naturais, mas por terem visão estreita da vida vivem mal, suspirando e deixando os melhores desejos para… Antes de morrer…
ESCOLHAS
Duro de admitir, mas a vida é uma escolha. O que significa isso? Significa que fora dos inevitáveis, nossas vidas resultam de nossas escolhas. Poderia resumir tudo perguntando – Quem te mandou casar com o fulano ou com a fulana? Quem te mandou escolher esta carreira e não outra, trabalhar nesta empresa e não naquela outra? Fazemos escolhas sobre os mais significativos de nossas vidas e… Vamos depois gemer pelos “azares”? Bem pensado, foram escolhas.
CARRINHOS
Falta de respeito, de educação e de fiscalização enérgica dos supermercados. Tem cabimento mães e pais ordinários colocarem crianças dentro dos carrinhos de compras? Crianças sujas como as que andam por aí, dentro de carrinhos onde outras pessoas vão colocar seus pães e comidas. Tirar na hora dos carrinhos essas crianças e advertir severamente os pais e mães entupidos. Ah, os supermercados não vão fazer para não perder dinheiro? Embusteiros!
FALTA DIZER
Uma pergunta de amigos, você está hoje se sentido pra baixo, exatamente como ontem? Por quê? Fora de um luto ou coisa muito parecida, o sentir de hoje foi plantado nos pensamentos de ontem, de anteontem e assim até um dia remoto onde o modo errado de pensar foi ganhando raízes. Podemos ser outros, bem melhores e felizes, mas… É preciso mudar o modo de pensar.
