Já usei aqui várias vezes aquela sentença machadiana que diz que “A verdade é remédio muito amargo, mas é o único que nos confere saúde moral”. Quem contradiz? E dizendo isso, leitora, no mundo louco em que estamos vivendo, louco como nunca antes, suspiro pelo dia em que a verdade possa ser transformada em vacina. Claro, os negacionistas, os entupidos da mente, seriam contra essa vacina, como de resto são contra outras vacinas, sabemos bem… Estava pensando como algumas pessoas me ajudaram na vida, pessoas que em momentos inesquecíveis me sacudiram e me fizeram ouvir severas críticas. Os apressados desconhecem que “crítica” é palavra de origem grega (kriticos) que significa juízo de valor, análise, julgamento… Um julgamento pode ser positivo ou negativo, pode ser uma observação não necessariamente condenatória. Os sensíveis sabem disso, mas por regra e costumes sociais não gostamos de críticas. Todavia, uma crítica, leiamos, julgamento, análise, pode nos ajudar muito na vida. Já um elogio pode nos arrasar. Pode porque os elogios costumam nos embriagar de faceirice, de créditos não raro falsos. Já a crítica nos dá tempo para pensar. Procede ou não a crítica que acabei de ouvir? Se proceder, há duas reações: corrigir para o correto ou recalcitrar na estupidez do erro. Se não proceder vamos ficar na nossa. Estamos vivendo um momento em que muito das críticas dos “haters” invejosos, dos que se sentem ofendidos pelas verdades que acabaram de ouvir, daí sentam a pua em quem as escreveu ou falou. Passado um tempinho, o “hater” estúpido se dá conta de que errou. É tarde. E assim com muitos. Muitos estão mergulhando em depressão ou por críticas que fazem e sabem erradas ou por se sentirem culpados – inconscientemente – com o que fizeram com pessoas que estavam certas. A crítica exige boa postura de quem a faz, exige garantias de correção comportamental do crítico. E é bem verdade que sem críticas, sem julgamentos, ninguém cresce na vida. Um bom puxão de orelha, sinônimo de crítica, pode orientar a vida para um longo bom caminho. Eu que o diga pelos “puxões de orelha” que levei dos irmãos maristas que me educaram. E nunca me puxaram as orelhas sem razão. O puxão era uma crítica. Obrigado, irmãos, nunca vou esquecer! Todos precisamos, sem exceções.
EXEMPLO
Manchete: – “Brasileiro é condenado à prisão perpétua nos Estados Unidos por matar marido de ex-namorada”. Por que os broxas matam pessoas que os mandam passear? Porque são impotentes, minguados, inseguros. Vale para os arruaceiros domésticos, aqui da cidade, que em casa cantam de galo e lá fora, nas esquinas, piam como pintinhos… “Pegar” esses tipos. Soltos jamais…
SENHAS
De uma feita, entrevistei um delegado de polícia no programa Notícias da Tarde, na CBN, e ele disse uma coisa interessante. Todas as famílias devem ter uma palavra senha. Numa ligação de sequestro, por exemplo, a família pediria a senha da pessoa sequestrada para saber mesmo se é ela que está no cativeiro ou é uma armação. Boa. Todas as famílias têm suas palavras mais usadas, uma delas pode ser a senha. É de pensar. Prevenir é melhor que “tentar” remediar.
FALTA DIZER
Acabei de ver a cara dela num site de jornalismo. Jovem, cara de coisa/nenhuma, mas… Apresentada como “sensitiva”. Sensitiva, o que é isso? Será a versão moderna das outrora “videntes”? Ora, por favor, a ninguém foi dada a graça de ver o futuro. Ué, são tão religiosos, não leram a Bíblia? Ah, esqueci, a maioria é feita por trouxas.