A vida é um de repente – Leia a coluna do Prates desta sexta-feira (5)

Por: Luiz Carlos Prates

05/06/2020 - 06:06

Adão foi inteligente, fez bem em comer a maçã (foi ele o desobediente e não Eva). Não fosse a desobediência de Adão, a vida seria uma danação, ia faltar espaço para os tantos suicidas na vida. Ué, por que, afinal, a vida não seria um paraíso? Exatamente por isso.

O “céu” é uma danação, uma linha reta de paz, felicidades e nenhum problema. Isso é o que foi e ainda é contado às crianças. A vida sendo uma linha reta de felicidade seria insuportável. Você gosta de torta de maçã, imagine você comendo torta de maçã todos os dias, a toda hora…

Muitas pessoas já me procuraram ou perguntaram por outros meios, o que fazer, como reagir às surpresas da vida? Mais ou menos isso.

Ocorre que, e dessa sentença ninguém escapa, a vida é um “de repente” constante, ninguém jamais teve e vai ter certeza absoluta sobre nada, senão da chegada, ninguém sabe exatamente quando, da monja da foice… A horrorosa. Será mesmo horrorosa? Há quem diga que não. Mas há louco para tudo…

Se a vida é um “de repente” continuado, a qualquer momento alguém pode perder o pai, a mãe, a esposa, o marido, um filho, um amigo… Se ninguém consegue evitar o desemprego, a perda de um bem de qualquer sorte, de tudo, enfim, do que adiantam as inquietações, as ansiedades, os medos de toda sorte? De nada.

Então, e mais uma vez, a proposta do viver no aqui e agora, o que vale dizer, celebrar nossas pequenas felicidades de hoje. Poucos fazem isso.

A maioria vive no futuro, esperando por bem-aventuranças que nunca vão chegar e que por isso frustram, derrubam ânimos e… Pela singela razão de que os que mais sonham com o futuro são os que menos suam no aqui e agora para alicerçar o caminho para a realização dos sonhos.

A vida é um de repente, já disse. Nada nos é garantido e muitas pessoas agora, mais do que nunca, estão sentindo isso, perderam familiares, amigos, trabalho, renda, sonhos… Nunca foi diferente, a vida sempre foi assim.

Diante desse imutável, é indispensável a conscientização sobre nossas graças de agora, o que nos deve levar a uma conscientização maior, a da gratidão. Muitos acham isso ridículo, brega, mas… Gratidão é apenas consciência dos nossos bens no aqui e agora. O resto é tudo um “de repente”.

Acertos

Quando tomamos qualquer decisão numa fração de segundo, num momento, estamos vulneráveis a decidir orientados por nossos hábitos passados, nossas prévias experiências, e é quase certo que o pulo vai resultar num tombo.

Pensar e repensar leva ao êxito, mas leva também a não casar nem fazer negócios com ninguém. Dando-nos tempo, notamos tudo nos outros. Um pouco de “cegueira” faz bem? É o que mais existe…

Bolso

Para guardar no bolso das prudências: nossas lembranças visuais são diferentes de nossas lembranças auditivas.

O que vemos pode estar em conflito direto com o que tínhamos ouvido antes. Mas é como já disse, quem tiver ouvidos de escutar e olhos de perceber, bah, vai ficar atolado na vida, não vai acreditar em mais ninguém…

Afinal, quem não sabe que os humanos se revelam por todos os poros?

Falta dizer

É bom que os pais ensinem os filhos desde cedo a que vão “armados” para o colégio. “Armados” com as lições estudadas, os deveres de casa realizados e o comportamento acima da média, o que não é nada difícil.

Crianças que leem, estudam e têm bom comportamento andam “armadas”, armadas de qualidade para vencer na vida.

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.